publicado dia 21 de dezembro de 2022
Educação e Território: as 10 reportagens mais lidas em 2022
Reportagem: André Nicolau
publicado dia 21 de dezembro de 2022
Reportagem: André Nicolau
Os saberes da literatura indígena, a luta pela garantia de direitos de crianças e adolescentes e a experiência de território educativo de uma escola em Manaus (AM) são alguns dos temas que mais mobilizaram os leitores de Educação e Território em 2022.
O ano – marcado pelo retorno às atividades presenciais, disputa eleitoral e crise econômica – foi também de discussão e mobilização acerca dos direitos fundamentais e da importância das políticas públicas e do fortalecimento da democracia em nosso país.
Leia+ As 10 reportagens mais lidas do Centro de Referências em Educação Integral em 2022
Entre os conteúdos mais lidos de 2022 estão as mudanças climáticas em curso, um diagnóstico do impacto da pandemia no aprofundamento das desigualdades no Brasil, uma lista de livros para mergulhar na educação escolar indígena no Brasil, a experiência da EMEF Waldir Garcia em Manaus (AM) e uma lista de bibliotecas comunitárias em diferentes territórios no Brasil.
Confira a seguir os conteúdos mais lidos em 2022:
1) Mudanças climáticas podem comprometer o futuro de milhões de crianças
Relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Índice de Risco Climático das Crianças (IRCC) apontou a vulnerabilidade global de 1 bilhão de crianças devido aos impactos das mudanças climáticas. No Brasil, explica a reportagem, o maior impacto será em populações já vulnerabilizadas, como as ribeirinhas, indígenas e periféricas.
2) 7 livros que vão ajudar a entender a importância e as particularidades da educação indígena
A educação indígena deve respeitar e valorizar o modo de vida, valores, brincadeiras, símbolos e demais conhecimentos tradicionais. Amplie seu repertório a respeito da educação escolar indígena e conheça 7 livros que discutem e pensam propostas para incrementar a formação dos professores.
3) 6 autores nativos para conhecer a literatura indígena
Quais autores indígenas você gostaria de ler em 2023? Inspire-se com a lista de 6 representantes contemporâneos da literatura indígena brasileira e suas obras que dialogam sobre memórias, cosmologias e saberes milenares, além da defesa da sobrevivência e manutenção das tradições dos povos originários.
4) 10 bibliotecas comunitárias que ressignificam o acesso à literatura nas periferias
Representantes da força do território educativo, as bibliotecas comunitárias são espaços importantes para a promoção do incentivo à leitura, sobretudo nas periferias dos grandes centros urbanos no Brasil. Do Pará à Santa Catarina, a reportagem traz uma lista com 10 bibliotecas comunitárias que você precisa conhecer.
5) Acesso de crianças e adolescentes às políticas públicas é fundamental para reduzir desigualdades
A reportagem apresenta um diagnóstico sobre dos impactos da pandemia no acirramento das desigualdades entre crianças e adolescentes no Brasil. Com análises de especialistas em infância e representantes da sociedade civil, a reportagem aponta, ainda, para a importância da escola como espaço de seguridade social.
6) “Olhos de Erê”: Um terreiro de candomblé contado por uma criança
Aos seis anos, Luan Manzo pegou o celular da avó na mão e saiu pelo terreiro de candomblé do quilombo Manzo Ngunzo Kaiango, em Minas Gerais, onde mora com sua família, filmando e explicando cada detalhe de seu território no curta-metragem “Olhos de Erê”. Premiada, a produção ajuda a ampliar os pontos de vista, incluindo o das crianças de religiões de matriz africana, e enfrentar preconceitos.
7) Projeto jornalístico Samaúma coloca Amazônia no centro do debate em meio à crise ambiental
Focado na cobertura investigativa e local sobre a Amazônia, direitos humanos e meio ambiente, a plataforma Sumaúma foi criada em 2022 pela escritora e jornalista Eliane Brum em parceria com o britânico Johnathan Watts. Com reportagens produzidas in loco por jornalistas experientes, o site já abordou temas como a exploração de mulheres yanomamis e o apagão estatístico que pode afetar as políticas públicas para povos indígenas da região.
Saiba como a EMEF Professor Waldir Garcia, criada em 1987 a partir da reivindicação dos moradores do bairro São Geraldo em Manaus (AM), tornou-se referência pelo projeto de Educação Integral que vai além da sala de aula, transformando os saberes do território onde está situada em aprendizado.
Com o objetivo de reconhecer e valorizar a história e a cultura dos povos indígenas e originários, o mapa virtual interativo Native Land Digitals ajuda a descobrir as populações que habitavam as diferentes regiões do globo e propõe o conhecimento a respeito da história daquela localidade. Desenvolvido por uma organização indígena canadense sem fins lucrativos, a iniciativa foi criada com a premissa de que o mapa digital seja um ponto de partida para entender mais sobre as origens e a história das localidades e seus habitantes originais.
10) Francis Kéré recebe o Prêmio Pritzker de Arquitetura 2022
Reconhecido por “empoderar e transformar comunidades através do processo da arquitetura”, Francis Kéré foi o primeiro arquiteto negro a receber o prêmio Pritzker de Arquitetura, reconhecimento que ocorreu em 2022. Seu trabalho, concentrado em regiões conhecidas por suas adversidades, utiliza materiais locais para criar obras contemporâneas de aspiração comunitária.
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