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publicado dia 8 de abril de 2022

6 autores nativos para conhecer a literatura indígena

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Há 14 anos era promulgada a Lei 11.465/08, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura indígena nas escolas. 

Apesar disso, estabelecer um diálogo sobre a temática ainda é um desafio a ser superado nas salas de aula de todo o Brasil. “A escola precisa rever seus posicionamentos em relação aos povos indígenas. A juventude precisa e tem o direito de saber quem são eles, suas culturas, línguas e costumes”, destaca o escritor e ativista Edson Kayapó.  

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Em meio à luta em defesa das florestas, ecossistemas e biomas, visando a sobrevivência e manutenção das tradições indígenas, os povos originários também ocupam novos espaços de debate.  

Fazem-se presentes nos centros urbanos, universidades e redes sociais. E, assim, contam suas histórias através da literatura indígena, silenciada há décadas pela cartilha de ensino nas escolas

Para celebrar o Abril Indígena, destacamos uma série de autores que, a partir de suas publicações, dialogam sobre memórias, cosmologias, saberes milenares e suas concepções de mundo. “Obras muito necessárias num mundo desencantado. É preciso reencantar as relações socioambientais e os povos indígenas podem ajudar muito nesse processo”, reforça Kayapó, que contribuiu para a seleção dos autores. 

Confira, a seguir, alguns nomes da rica e diversa literatura indígena produzida atualmente: 

Edson Kayapó 

Nascido no estado do Amapá, pertence ao povo Mebengokré.  Doutor em Educação, é ativista no movimento indígena e ambientalista. Professor do Instituto Federal da Bahia e Universidade Federal do Sul da Bahia, é autor dos livros Um estranho espadarte na aldeia e coautor da coletânea Nós: uma antologia de literatura indígena. Em 2020, recebeu prêmio da UNESCO pelo livro Projetos e Presepadas de um Curumim na Amazônia. 

Eliane Potiguara 

Professora, escritora, ativista e empreendedora, fundou a rede Grumin de mulheres indígenas. Formada em Letras e Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi uma das 52 brasileiras indicadas para o projeto internacional “Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz”. É presença constante em  seminários sobre direitos indígenas na Organização das Nações Unidas (ONU). 

Olívio Jekupé 

Autor de 22 livros, o guarani Olívio Jekupé debutou na vida literária em 1984, quando ainda vivia em Novo Itacolomi (PR). Quatro anos mais tarde entrou para o curso de Filosofia na Pontifícia Universidade Católica, pagando os estudos com que ganhava na venda de artesanatos. Seguiu a vida acadêmica na cidade de São Paulo, onde formou-se pela Universidade de São Paulo. Em sua obra, envereda-se pelo conhecimento da tradição oral, transcrevendo histórias de seu povo na aldeia Krukutu, em São Paulo. Parte de suas publicações foram publicadas em português e guarani.

Márcia Kambeba 

As diferentes formas de violência contra os povos indígenas e as reflexões da vida na cidade são o ponto de partida do trabalho realizado pela poeta Márcia Kambeeba. Nascida em uma aldeia Ticuna, tem etnia Omágua/Kambeba. É formada em Geografia pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Mestre pela Universidade Federal do Amazonas, é especialista em território e identidade de sua etnia. Busca inspiração na literatura de cordel para conceber sua obra. 

Daniel Munduruku

Pertencente ao povo indígena Munduruku, Daniel nasceu em Belém (PA) e é escritor e professor, autor de 54 livros publicados em todo o mundo. Graduado em Filosofia, História e Psicologia. Durante dez anos atuou como educador de rua pela Pastoral do Menor na cidade de São Paulo e viajou o mundo ministrando palestras e oficinas para crianças.

É autor dos livros Histórias de Índio, Coisas de índio, As Serpentes que roubaram a noite e Meu avô Apolinário, escolhido pela Unesco para receber Menção honrosa no Prêmio Literatura para crianças e Jovens na questão da tolerância

Graça Kauna

Descendente de Potiguaras, Graça Graúna é formada pela Universidade Federal de Pernambuco. Mestre em Mitos Indígenas na Literatura Infantil e Doutora em Literatura Indígena Contemporânea pela mesma instituição, ela coordenou o projeto de especialização para formação de professores indígenas na Universidade de Pernambuco. É autora do livro Flor da Mata.

 

 

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