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publicado dia 5 de maio de 2022

10 bibliotecas comunitárias que ressignificam o acesso à literatura nas periferias

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Em sua bibliografia, o sociólogo e crítico literário Antonio Candido destacou, certa vez, que a literatura é um direito básico do ser humano. Entretanto, no Brasil onde o acesso à educação é privilégio de poucos, as bibliotecas comunitárias ocupam o espaço deixado pelo Estado e ressignificam a bandeira da literatura através do incentivo à leitura, sobretudo, nas periferias dos grandes centros urbanos. 

Regiões de elevados índices de pobreza, violência e privação de serviços públicos são os territórios onde se encontram 86,7% desses espaços segundo a pesquisa Bibliotecas Comunitárias no Brasil: Impacto na formação de leitores.

O levantamento, coordenado por estudantes da Universidade Federal do Estado do Rio (Unirio), Centro de Estudos de Educação e Linguagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o Centro de Cultura Luiz Freire (PE), mostra ainda que 66,5 % das bibliotecas comunitárias são iniciativas de coletivos e movimentos sociais das regiões onde atuam.

Entre as atividades realizadas nos espaços, destacam-se saraus, slams, leituras compartilhadas, exibição de filmes e outras programações que visam a promoção educacional e cultural nos territórios. Sem apoio das autoridades na maioria das vezes, as bibliotecas se mantêm por meio de doações e participação de voluntários. 

Para divulgar esses trabalhos realizados em diferentes partes do Brasil, destacamos uma lista de bibliotecas comunitárias que você precisa conhecer e, se puder, dar a sua contribuição:  

  • Roraima

Mi Casa, Tu Casa – Projeto de auxílio a refugiados, realizado em Boa Vista, conta com três bibliotecas comunitárias: duas na capital roraimense e uma na cidade de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela.

  • Maranhão 

Ilha Literária – Rede de Bibliotecas Comunitárias de São Luís é formada por um coletivo de 17 espaços culturais que atuam em 11 bairros da capital maranhense, com projetos e ações sociais que visam à democratização da leitura.

  • Alagoas 

Centro de Acolhimento LGBTQIA+ Ezequias Rocha Rego – Espaço oferece à população LGBTQIA+ cursos gratuitos de idiomas e capacitação, atividades e acolhimento. Atualmente, o projeto está arrecadando livros com narrativas LGBTQIA+ para compor o acervo. 

  • Pará

Nossa Biblioteca – Criada em 1977, o Espaço Cultural Nossa Biblioteca surgiu para incentivar o hábito da leitura no bairro de Guamá, na periferia de Belém (PA). Entre as atividades, a biblioteca realiza leitura, oficinas, rodas de conversas e atividades culturais.

  • Distrito Federal

Biblioteca Comunitária do Bosque – O espaço está localizado há 13 anos na garagem da casa da agente social Dilma de Fátima Mendes. Com um acervo de mais de 10 mil livros, a biblioteca reúne publicações de literatura infantil, ficção, biografias, concursos públicos e muito mais. 

  • Mato Grosso

Biblioteca Comunitária do Parque Geórgia – Nascida debaixo de uma árvore, a Biblioteca Comunitária do Parque Geórgia está localizada no bairro do Coxipó, em Cuiabá, há mais de 20 anos. Revitalizada recentemente, o acervo conta com mais de dois mil livros de autores mato-grossenses, publicações infanto-juvenil e pedagógicos. Além da biblioteca, o espaço conta com uma cozinha comunitária onde são realizadas atividades para os moradores da região.

  • Espírito Santo

Biblioteca Alecrim – Especializada em obras da cultura africana, afrodiaspórica e indígena, a Biblioteca Alecrim está localizada no bairro da Fonte Grande em Vitória (ES).   

  • Rio de Janeiro

Meninas e Mulheres do Morro – Inaugurada em 1995 no Morro da Mangueira, a associação foi idealizada com o objetivo de transformar o contexto social da comunidade. Conta com uma biblioteca comunitária que reúne acervo de mais de 15 mil livros e promove atividades como formação de jovens leitores e capacitação profissional.  

  • São Paulo

Biblioteca Comunitária Assata Shakur – Criada pela Org Ujima Povo Preto, a Biblioteca Comunitária Assata Shakur é um espaço cultural que aborda universos literários africanos. Localizada na Vila Formosa, a programação conta com oficinas infantis, clubes de leitura e exibição de filmes. 

  • Santa Catarina 

Biblioteca Livre do Campeche – BILICA – Criada em 2007, a Biblioteca Livre do Campeche – BILICA é um espaço de encontro e de cultura, voltado a crianças, adolescentes e adultos. O projeto surgiu pelos esforços de um grupo de moradores do Sul da Ilha, pautados em três valores: o trabalho voluntário, o acesso livre e a valorização da cultura. 

 

 

   

 

 

 

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