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publicado dia 24 de fevereiro de 2023

O que faz um agente socioambiental urbano?

Reportagem:

Você sabe o que faz um agente socioambiental urbano? Há 14 anos, o programa Carta da Terra em Ação, ligado à Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da prefeitura de São Paulo (SP), promove formação específica para ativar a cidadania dos interessados em realizar transformações em seus territórios.

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“Na prática, um agente socioambiental urbano é alguém que está desperto e sensível para perceber as demandas do território onde ele vive”, explica a coordenadora do programa Carta da Terra em Ação, Débora Pontalti. A ideia é que o agente seja uma espécie de elo entre os demais sujeitos que atuam no território – como moradores ou poder público – para que, juntos, busquem as melhorias desejadas para o lugar onde vivem.

Assim, os agentes socioambientais urbanos egressos do curso – apelidados de “carteiros” por representarem os valores previstos pela Carta da Terra – formam uma rede poderosa de cidadãos engajados com a realidade local, focada nos desafios complexos da cidade de São Paulo (SP). O curso, que está com inscrições abertas para a 18ª turma (saiba mais ao final do texto), já formou mais de mil agentes socioambientais desde o seu início, em 2009.

Existe um perfil de agente socioambiental urbano?

Não há um perfil específico para participar da formação, que é gratuita: já fizeram parte das turmas anteriores desde professores de escolas públicas até lideranças comunitárias, passando por profissionais da área da Saúde, arquitetos, urbanistas, agricultores e donas-de-casa.

“O perfil é muito diverso, de vários territórios de cidade. E esse perfil plural foi construído ao longo dos anos. No começo, eram mais pessoas ligadas à questão socioambiental, mas, ao longo do tempo, percebemos que o grupo precisava ser representativo da diversidade que existe numa cidade complexa como São Paulo”, complementa Débora, explicando que, em comum, todos os participantes do curso carregam um incômodo com a realidade em que vivem. Às vezes, tratam-se de problemas bem localizados, como a existência de uma praça abandonada, um ponto de lixo ou a falta de uma horta na escola ou bairro.

“Cada um vai atuando nas suas áreas, portando os valores da Carta na Terra na sua comunidade”, diz a coordenadora do programa e educadora ambiental.

O que o curso de formação ensina? 

Em linhas gerais, o curso de formação de agentes socioambientais urbanos dura de 3 a 4 meses e oferece aulas práticas e teóricas. No módulo introdutório, o curso informa sobre os pilares metodológicos que norteiam o programa: o documento Carta da Terra e os objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), além dos conceitos de complexidade, cidade educadora (território educativo) e educação ambiental crítica e emancipatória.

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No decorrer das aulas, os estudantes também aprendem sobre gestão de recursos hídricos, biodiversidade, gestão de resíduos e mobilidade no contexto paulistano. Ao final do curso, cada participante propõe uma ação ambiental para o seu território, que pode ser individual ou coletiva. Já foram realizados mutirões para reformar praças, criação de espaços para hortas em escolas, oficinas de fotografia para crianças e até documentários resgatando a memória de um bairro ou comunidade.

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O importante, ressalta Débora, é que a pessoa consiga atuar com autonomia e propor soluções para o seu território, sempre em posição de diálogo e abertura para a diversidade.

“Hoje, a sociedade carece de muita confiança. Ao longo do curso, se conseguirmos devolver para a cidade agentes socioambientais urbanos que estejam construindo laços de confiança no território, já estamos contentes e confiantes que a transformação que queremos ver no mundo está sendo gestada”, afirma.

Como posso me inscrever? 


Em 2023, a formação acontece entre 02 de maio e 20 de julho, às terças e quintas (das 18h às 22h) e com atividades também em alguns sábados. O curso é presencial, gratuito e as inscrições estão abertas e disponíveis neste link. Ao todo, serão disponibilizadas 40 vagas.

 

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