publicado dia 16 de dezembro de 2022
Prêmio Territórios: inspire-se com 10 práticas pedagógicas de escolas que fazem a diferença em seus territórios
Reportagem: André Nicolau
publicado dia 16 de dezembro de 2022
Reportagem: André Nicolau
Quer conhecer dez práticas pedagógicas inovadoras de escolas públicas em sintonia com a Educação Integral e com os territórios educativos? Em sua sexta edição, o Prêmio Territórios, uma iniciativa do Instituto Tomie Ohtake em parceria técnica com a Cidade Escola Aprendiz e o Centro de Referência em Educação Integral, elegeu práticas pedagógicas de todo o Brasil que propõem diálogos e reflexões nos campos da Educação, cultura e território. A cerimônia de premiação acontece neste sábado 17 em São Paulo (SP).
Voltado a escolas públicas municipais, estaduais e federais, o programa reúne projetos que contemplam em suas atividades as diretrizes do conceito de Educação Integral e a relação com as comunidades onde as instituições estão inseridas.
Realizado pela segunda vez em âmbito nacional, o prêmio recebeu 112 projetos de práticas pedagógicas de 19 estados.
Neste ano, o corpo de jurados da premiação foi formado por especialistas dos campos da educação, social, arte e cultura, vinculadas às instituições organizadoras: Beatriz Goulart (Fábrica Escola de Humanidades), Carol Tonetti (Instituto Tomie Ohtake), Gina Vieira (Secretaria de Educação do Distrito Federal), Natame Diniz (Escola Tomie Ohtake), Paula Mendonça (Instituto Alana) e Raiana Ribeiro (Cidade Escola Aprendiz).
Conheça as escolas escolhidas:
Escola rural em assentamento luta para garantir direito à educação de suas crianças
Para valorizar a cultura e o trabalho da comunidade e articular os conhecimentos escolares aos do território, a Escola Rural Cândida Oliveira Luz, em Porto Barreiro (PR), desenvolve projetos sobre biodiversidade, meio ambiente, animais domésticos e silvestres e a vida no campo.
Em Pastos Bons (MA), o Centro Educa Mais Professor Ribamar Torres atende 300 estudantes de Ensino Médio em tempo integral, unindo os conteúdos curriculares às atividades práticas e em campo, em contato com os saberes do território e de seus sujeitos.
Professora promove o letramento a partir da etnometeorologia em Paraty (RJ)
Em Paraty (RJ), no litoral sul fluminense, o barco que leva e traz crianças moradoras das ilhas da região para a Escola Municipal João Apolônio dos Santos Pádua se transforma em sala de aula. A prática pedagógica é centrada no estudo da etnometeorologia: conhecimento popular sobre o tempo e o clima, inserido em um contexto cultural e desenvolvido ao longo de vários anos de observação popular sobre o mesmo ambiente.
Em Joinville (SC), estudantes resgatam as trajetórias de mulheres pretas na História
Na EE Dr. Jorge Lacerda, em Joinville (SC), projeto multidisciplinar
propõe a pesquisa sobre as trajetórias de mulheres pretas de todas as áreas, estudando mulheres como Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Lélia Gonzalez, Dandara e Tereza de Benguela.
Escola de Armação dos Búzios (RJ) resgata a cultura quilombola do território
Este ano, a Escola Municipal Professora Lydia Sherman mudou seu nome. Localizada em um território quilombola em Armação dos Búzios (RJ), a agora Escola Municipal Quilombola Professora Lydia Sherman repensou todo o trabalho pedagógico, as relações entre as pessoas e com a comunidade, as imagens que ocupam as paredes, a alimentação e todos os demais aspectos da escola para promover uma educação mais diversa e que valorize a cultura quilombola.
Resgate de identidade cultural caiçara transforma vila de pescadores em território educativo em SC
O resgate de tradições da comunidade de pescadores em Taquaras, em Balneário Camboriú (SC), é o ponto de partida para o trabalho pedagógico realizado pelo Núcleo de Educação Infantil Taquaras, escola localizada em uma área de proteção ambiental. Nele, o projeto pedagógico privilegia os fazeres e saberes locais que já desapareceram ou que se encontram ameaçados de apagamento, como a pesca artesanal, a produção de farinha de mandioca ou a música da folia do Terno de Reis.
Para lançar um olhar crítico sobre a questão da fome e envolver a comunidade escolar no assunto, o Colégio Estadual Maria do Carmo Lima, escola pública de Águas Lindas de Goiás (GO), criou o Cine EducAlimentação, projeto que une o audiovisual e o cinema à discussão sobre o direito à alimentação adequada.
Com solidariedade educativa, CIEJA Clóvis Caitano reforça elos e promove reinserção profissional
Voltada à Educação de Jovens e Adultos (EJA), a CIEJA Clóvis Caitano Miquelazzo, em São Paulo, promoveu uma importante proposta de reflexão quanto à questão da empregabilidade junto aos seus alunos e, a partir do diagnóstico, realizou atividades que visavam a geração de renda e recolocação no mercado de trabalho.
Construída a partir da reivindicação dos moradores do bairro São Geraldo em 1987, hoje o trabalho desenvolvido pela escola, sob a batuta da diretora Lúcia Cristina Cortez, tornou-se referência pelo projeto de educação integral que vai além da sala de aula. Localizada em uma região de alta vulnerabilidade social, a história da instituição escolar está diretamente associada ao cotidiano do bairro São Geraldo.
Crianças desbravam ruas de São Paulo com o projeto Motoca na Praça
Criado com a premissa de vincular os alunos ao território e o bairro à escola, a EMEI Armando de Arruda Pereira coloca o bloco na rua e leva as crianças da Educação Infantil a desbravarem a região, reivindicando o seu lugar no direito à cidade e ao brincar, com o projeto Motoca na Praça.
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