Pensar o planejamento urbano a partir do bem-estar de bebês, crianças e seus responsáveis é a premissa do projeto Urban95, que debate políticas e programas que visam o desenvolvimento das cidades em todo o mundo, priorizando a primeira infância.

O nome da iniciativa – Urban95 – é uma alusão à perspectiva experimentada, literalmente, pelas crianças no espaço público das cidades, uma vez que a altura média das crianças com 3 anos de idade é de 95 cm.

Presente em países como Israel, Peru, Turquia, Holanda, Jordânia e Índia, no Brasil a iniciativa teve início na capital roraimense, Boa Vista (RR), cidade considerada referência no debate sobre primeira infância ao incorporar a agenda em diferentes setores de serviços e políticas públicas. São Paulo, Recife e mais 21 municípios também integram a rede de cidades signatárias do projeto.

Novos mundos a partir da primeira infância

Em meio a um trabalho de pesquisa e diagnóstico sobre as prioridades e vulnerabilidades de cada cidade que integra a rede, são elaborados estudos em parceria com organizações e secretarias que visam à construção de planos municipais para a primeira infância, por meio de formações e monitoramento dos projetos implementados.

Entre os projetos já desenvolvidos pelo programa destacam-se iniciativas como a Bebetecas, uma rede de bibliotecas voltadas para bebês e suas famílias, em Recife (PE); a Semana da Escuta, ação que ouviu a opinião de cerca de 9 mil crianças, entre 3 e 6 anos, sobre os equipamentos públicos em Cascavel (PR) e o projeto Lullaby, voltado ao ensino de música para famílias em situação de vulnerabilidade social na cidade de Jundiaí (SP).

Por meio de múltiplos projetos e ações, o programa entende que a cidade pode promover interações em parques, praças e ruas, estimulando a criação de territórios brincantes, interativos, seguros e inclusivos, além de contribuir para o desenvolvimento do bem-estar coletivo e apropriação sustentável do espaço urbano. Conheça mais sobre o trabalho realizado pelo Urban95 no site.