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publicado dia 6 de fevereiro de 2023

Pé de Ouvido: projeto em Jundiaí (SP) compartilha histórias infantis com ajuda da tecnologia

Reportagem:

Como incentivar a literatura infantil e a contação de histórias para crianças nos espaços públicos da cidade? Em Jundiaí (SP), o projeto Pé de Ouvido se apropria da tecnologia das novas ferramentas de comunicação – como o leitor de QR Code presente nos celulares – para promover o acesso à literatura e cultura na infância. 

Nascida durante a fase mais aguda da pandemia, a iniciativa espalhou 20 totens em diferentes locais da cidade, como equipamentos culturais e terminais de ônibus. Ao direcionar a câmera do celular para o QR Code, é possível ouvir dez histórias. Narradas por artistas e grupos teatrais da cidade, os textos reúnem fábulas e outras histórias infantis.

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Os totens do Pé de Ouvido estão espalhados em diferentes locais de Jundiaí, como o Paço Municipal, os jardins do Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão e nos terminais municipais de ônibus.   

A proposta, de acordo com o gestor ligado à Secretaria de Cultura do município paulista, Marcelo Peroni, é ampliar o repertório de contação de histórias e resgatar narrativas tradicionais.

“Nossa proposta é resgatar isso de maneira que atinja o maior número de pessoas possível. Além disso, estávamos numa fase complexa de pandemia, precisando dar empregabilidade para os artistas locais, então juntamos as duas coisas, estimulando o incentivo à literatura”, explica Peroni. 

Jundiaí e as políticas para as infâncias 

Criança acompanhada de adulto aponta o celular para o QR Code do projeto Pé de Ouvido, em Jundiaí
Próximo passo do projeto é ampliar o número de totens em espaços públicos e playlist no Spotify para aumentar o alcance das histórias narradas por artistas locais. Foto: Divulgação

Localizada a 50 quilômetros da capital e com uma população de 400 mil habitantes, Jundiaí é signatária de duas associações internacionais especializadas na infância: a Rede Mundial de Cidade das Crianças e a Urban 95, iniciativa internacional da Fundação Bernard van Leer.

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Assim, desde 2018, secretarias e unidades de gestão cultural implementam projetos de escuta das crianças em diversos espaços públicos do município paulista. 

“Entendemos que a única maneira de quebrar vínculos de pobreza e reduzir desigualdades sociais é oferecendo vários estímulos, em especial na primeira infância. É nossa obrigação enquanto poder público colocar no maior número de espaços disponíveis o acesso à cultura, literatura e provocar as pessoas nesse sentido”, reflete o gestor. 

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O projeto, que está na primeira fase, prevê a ampliação para 40 novos totens até março, além de gravação de novas histórias e a criação de uma playlist disponibilizada na plataforma Spotify.

Para Marcelo Peroni, trata-se de uma iniciativa de baixo custo e fácil replicação por outras cidades. “O formato atende às demandas da cidade, além da considerável facilidade de acesso ao QR Code nos celulares”, avalia. 

 

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