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publicado dia 26 de maio de 2023

Pint of Science Brasil aproxima cidades da ciência

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Como levar a ciência para fora dos espaços acadêmicos e dos laboratórios? Organizado desde 2012, o Pint of Science aposta em uma estratégia inusitada para popularizar discussões científicas e aproximar quem trabalha com ciência do público em geral. 

O formato é disruptivo: em vez de congressos ou salas de aula, a divulgação das pesquisas, palestras e debates acontecem em bares e restaurantes. 

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Nascido em Londres, na Inglaterra, o festival de divulgação científica hoje ocupa 400 cidades em 26 países com palestras, debates e encontros em bares, restaurantes e outros espaços ao longo de três noites. 

Em 2023, o Pint of Science Brasil mobilizou 600 pesquisadores e especialistas em 123 municípios brasileiros entre 22 e 24 de maio, sendo o país com mais cidades participantes do evento. 

Pint of Science 2023
Pint of Science: Brasil é o país com mais cidades participantes. Na foto, registros do evento em Piracicaba, Taubaté e Ilha Solteira, em São Paulo. Foto: Divulgação

O principal objetivo do evento, cujo lema é “Um brinde à ciência”, é desenvolver o letramento científico e ampliar o diálogo entre cientistas e população. Os organizadores estimam que 20 mil pessoas participaram da mobilização no Brasil.

Em Porto Alegre (RS), por exemplo, aconteceram discussões sobre multiverso, a ciência dos povos originários e o conceito de infinito na Matemática. Já Salvador (BA) promoveu a importância da inclusão de mais meninas no campo científico, inteligência artificial e insetos comestíveis. Em São Paulo, além da capital, 31 cidades participaram da mobilização.  

Difusão científica e apoio para as universidades 

Apresentar pesquisas feitas no Brasil e a relevância delas para a sociedade é outro feito do Pint of Science, destaca o coordenador regional do festival em São Paulo, Paulo Lopes. 

Além da difusão científica, o evento visibiliza a importância do investimento público nas universidades, de modo a financiar a continuidade e crescimento da pesquisa no país. Outro mérito do Pint of Science é humanizar o pesquisador e quebrar com estereótipos negativos ou limitantes sobre quem é capaz de fazer pesquisa acadêmica.   

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“É uma troca muito interessante para nossos pesquisadores, porque é uma oportunidade de dividir as descobertas e investigações não apenas entre pares, como em congressos. A sociedade ganha com isso, uma vez que serve como um incentivo para despertar o interesse na ciência, cativar futuros cientistas e quebrar com movimentos anti-ciência e desinformações”, comenta Lopes, que é professor na Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas da Unesp em Dracena (SP).

Pint of Science: volta ao presencial e o desafio da divulgação científica 

O Pint of Science aconteceu de forma remota nos últimos três anos, em função da pandemia de Covid-19. Em 2023,  a volta ao formato presencial, com encontros em diferentes cidades, foi motivo de animação. 

“Poder voltar a se reunir frente a frente com as pessoas é fundamental para o sucesso da democratização da ciência e para conseguir usufruir toda a potência do modelo disruptivo do festival”, explica Paulo Lopes. 

O maior desafio, segundo o educador, é ultrapassar os três dias de evento e potencializar uma mudança de perspectiva na população sobre a ciência, deixando de lado a ideia do fazer científico como algo abstrato, pouco palpável e concretizado na vida real. 

* Colaborou Tory Helena 

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