A partir da próxima sexta-feira, 27 de maio, São Paulo recebe a 13ª edição da Bienal de Arquitetura, realizada pelo IAB-São Paulo, que segue até 27 de julho na sede do IABsp.

Neste ano, o evento tem como inspiração as intensas transformações geradas pela pandemia de Covid-19 em todo o mundo e como esse cenário exigiu esforços intensos de organização das dinâmicas urbanas, sociais e profissionais pela sobrevivência.

Travessias, tema desta edição, destaca que a pandemia reforça desigualdades socioespaciais que já se estabeleciam, não só no país, como no mundo, compreendendo que essas estruturas sofrem fragmentações, tanto físicas quanto simbólicas, enraizadas nos violentos processos de colonização e apagamentos históricos. Como consequência, provocam inúmeras manifestações de opressão – como o racismo, o sexismo, o capacitismo e a colonialidade – no Brasil e outros territórios.

A equipe de curadores, escolhida através de um concurso realizado pelo IAB-São Paulo entre novembro de 2020 e janeiro de 2021, é composta por Carolina Piai Vieira, Larissa Francez Zarpelon, Louise Lenate Ferreira da Silva, Luciene Gomes, Pedro Cardoso Smith, Pedro Vinícius Alves, Raíssa Albano de Oliveira, Thiago Sousa Silva, Viviane de Andrade Sá. A eles juntou-se Sabrina Fontenele, curadora residente desta edição da Bienal.

Partindo do conceito de travessias, a equipe curatorial busca explorar o que do passado colonial e das diásporas permanece e o que se altera nesses deslocamentos das populações pelo mundo. Segundo a equipe curatorial, travessias geralmente estão relacionadas à conexão: a ponte que possibilita a transposição entre duas margens de um rio; a escada faz a ligação entre dois níveis; a rampa vence o desnível de forma acessível; os caminhos conectam territórios.

Texto publicado originalmente no site Archdaily. Confira o texto na íntegra.