publicado dia 21 de janeiro de 2021
Programa Criança e Natureza cria série de conteúdos para reconectar infâncias e mundo natural
Reportagem: Da Redação
publicado dia 21 de janeiro de 2021
Reportagem: Da Redação
2020 não foi um ano fácil nem para as crianças e nem para a natureza no Brasil. Enquanto as diversas infâncias viviam momentos de privação de convívio escolar e de espaços públicos por conta da pandemia, o meio ambiente sofreu recordes de desmatamento, queimadas e violações de direitos de populações originárias que vivem do contato direto com a terra.
Um dos aprendizados durante este período é que o contato de crianças com espaços públicos verdes e natureza não é só fundamental para seu desenvolvimento integral, como também para o fortalecimento de ideais e práticas de conservação e educação ambiental. Como disse Richard Louv, intenso ativista por essa relação, “Se vamos salvar o ambientalismo e o meio ambiente, também precisamos salvar uma espécie indicadora em perigo de extinção: a criança na natureza.”
Como tecer então, em contexto pandêmico e cidades que muitas vezes não dispõem dessa malha verde para que crianças brinquem na lama ou se ensombrem debaixo de uma árvore, a relação entre infância e mundo natural? O desafio é imenso, e o Instituto Alana, por meio do programa Criança e Natureza, lança um vídeo-manifesto e uma série de conteúdos para inspirar diversos atores da sociedade civil a fortalecer essa relação.
“Estamos lançando um vídeo-manifesto em parceria com cerca de 100 instituições, coletivos e ONGs que fazem parte da rede de impacto do documentário. Queremos promover um movimento que incentive o engajamento das pessoas, que já parta para ações”, explica Laís Fleury, coordenadora do programa Criança e Natureza.
Tanto o vídeo-manifesto quanto o movimento continuam a investigação proposta no filme O Começo da Vida 2:Lá Fora. A produção mostra os benefícios de uma relação das crianças com a natureza e relata experiências para incentivar a aproximação. O filme pode ser assistido na plataforma Videocamp e também em canais de streaming como o Netflix.
Dentro do site do filme O Começo da Vida 2: Lá Fora, é possível inscrever o e-mail para receber conteúdos e práticas para enlaçar natureza e criança, respeitando os protocolos de segurança sanitária com relação ao Covid-19. “A ideia é oferecer informações e dicas simples, fáceis de realizar, que as pessoas possam incluir em seu cotidiano, cada uma dentro de sua área, e da sua realidade”, reforça Fleury.
Entendendo a educação integral como responsabilidade de todos, é possível se inscrever em uma diversidade de trilhas: Famílias (para mães, pais, cuidadores ou cuidadoras de uma criança ou adolescente); Educação (para professores, educadores e gestores de escolas); Cidades (para arquitetos, ativistas urbanos, urbanistas ou empreendedores na cidade); Saúde (para médicos, agentes de saúde ou profissionais dessa área); Conservação (para profissionais ligados ao meio ambiente e a áreas de conservação) e Gestão Pública (para gestores ou funcionários públicos ligados a planejamento urbano, educação, saúde ou meio ambiente).
A partir da escolha da trilha, a pessoa recebe uma série de e-mails com práticas e conteúdos a partir da sua área de atuação. “Queremos desemparedar as crianças e adolescentes, oferecendo a eles a possibilidade de uma vida com mais saúde e bem estar, construindo espaços mais verdes e amigáveis onde eles estão: nas escolas, na cidade, em casa”, afirma Fleury.
Por exemplo, quando se escolhe a trilha de escola, o primeiro e-mail recebido é um compêndio sensível sobre como a relação entre entre crianças e natureza é um ganha-ganha: crianças se desenvolvem e crescer com a consciência ambiental pode ajudar a proteger o meio ambiente. “Experiências diretas na natureza durante a infância e referências de adultos que a conservam são os dois fatores que mais contribuem para o engajamento ambiental na vida adulta”, relata o material.
Acesse o site do filme O Começo da Vida 2: Lá Fora e se inscreva em uma das trilhas de engajamento.
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