Com o objetivo de impulsionar a carreira acadêmica de mulheres negras e pertencentes a grupos minorizados, o Ministério da Igualdade Racial anunciou a criação do Atlânticas – Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência. O lançamento oficial do programa acontecerá no dia 20/07, em Belém (PA), no mês da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.  

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Para ampliar o acesso e permanência de mulheres em programas de doutorado-sanduíche e pós-doutorado, o Atlânticas – Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência vai oferecer até 45 bolsas de estudo para pesquisadoras negras, indígenas, quilombolas e negras, em todas as áreas do conhecimento. 

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Com investimento estimado de R$ 7 milhões, o programa é uma parceria do Ministério da Igualdade Racial com o dos Povos Indígenas, Mulheres e Ciência, Tecnologia e Inovação, além do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

Programa de bolsas de estudo de doutorado-sanduíche e pós-doutorado fora do Brasil para mulheres negras! Esse é mais um lançamento do MIR no Julho das Mulheres negras! ???? pic.twitter.com/XBtue1RkhA

— Ministério da Igualdade Racial ?? (@igualracial_gov) July 18, 2023

Trata-se do primeiro programa do governo federal direcionado exclusivamente para cientistas negras, indígenas, quilombolas e ciganas. Para participar, é preciso estar matriculada regularmente em cursos de Doutorado reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), ou ter concluído programa de pós-graduação igualmente reconhecido pela CAPES. 

Quem foi Beatriz Nascimento? 

A iniciativa homenageia a pensadora e ativista Beatriz Nascimento (1942-1995), historiadora, poeta e expoente do feminismo negro no Brasil. Ao longo de sua trajetória, dedicou-se ao estudo das relações raciais, dos quilombos e das culturas negras, sempre reposicionando homens e mulheres negras na História como protagonistas. 

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Nascida em Aracajú (SE) e formada em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Beatriz Nascimento deslocou-se entre academia e militância no movimento negro, confrontando ambientes universitários que valorizavam apenas o conhecimento hegemônico, branco e masculino.