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publicado dia 20 de abril de 2023

6 comunicadores indígenas para conhecer e ampliar o olhar

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Quantos comunicadores indígenas você acompanha? Em 19 de abril de 2023, o Brasil celebrou pela primeira vez o Dia dos Indígenas. Mais do que só substituir o antigo Dia do Índio, a data é pensada para fortalecer a luta das 305 etnias que vivem no país. 

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“A história dos povos indígenas precisa ser contada e nunca esquecida”, afirmou a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, no evento que lançou a campanha “Nunca mais um Brasil sem nós” em Brasília (DF). “Durante todos esses anos vivemos uma história de luta e resistência, resiliência, por não reconhecerem a diversidade dos nossos povos”, afirmou Joenia, que foi autora do projeto de lei responsável pela mudança no 19 de abril. 

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Aprovada pelo Congresso em 2022, a troca teve o objetivo de representar de maneira mais apropriada a diversidade cultural e étnica dos povos originários.

Para ampliar o repertório, quebrar estereótipos e conhecer em primeira mão a diversidade dos povos originários, preparamos uma lista de 6 ativistas e comunicadores indígenas que ampliam a visibilidade de suas etnias e culturas. Confira:  

  1. Alice Pataxó 

Do município de Prado, no sul da Bahia, e integrante da lista das 100 mulheres mais influentes e inspiradoras de 2022, feita pela BBC, Alice Pataxó é ativista do clima, jornalista e influenciadora digital. Em seu perfil do Instagram, a jovem de 21 anos fala sobre temas relacionados à cultura da etnia Pataxó, à mulheridade indígena e à luta do movimento dos povos indígenas por demarcação de terras e contra o desmatamento.  

  1. Txai Suruí

Autonomeada como “guerreira indígena do povo Paiter Suruí”, de Rondônia, Txai tem 24 anos e é filha de Almir Suruí, uma das lideranças indígenas mais conhecidas pela luta contra o desmatamento na Amazônia. A influenciadora ganhou destaque nacional após ser a única brasileira a discursar na abertura oficial da Conferência da Cúpula do Clima (COP26) em 2021, que aconteceu em Glasgow, na Escócia. Ela é advogada e trabalha na área jurídica da Associação de Defesa Etnoambiental (Kanindé), que defende a causa indígena em Rondônia. Além disso, Txai Suruí é fundadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia e utiliza seu perfil para militar em nome da causa ambiental, contra o garimpo e em defesa dos povos indígenas. 

  1. Daiara Tukano  

Conhecida como Duhigô, da etnia Tukano, Daiara é jornalista, ativista pelos direitos indígenas, mestre em Direitos Humanos e Cidadania e artista visual independente e muralista, tendo participado de inúmeras exposições ao redor do Brasil. Aos 41 anos, ela, que também se autointitula como feminista, é colaborada da Rádio Yandê, primeira web rádio indígena do Brasil. Seu trabalho artístico envolve estudos sobre a cultura, história e ancestralidade de seu povo. Suas “mirações”, ou Hori, na língua Dahseyé (Tukano), são a fonte de seus trabalhos e representam o mito de criação de seu povo: o mito da cobra-canoa, que explica como a humanidade foi cunhada no âmago da grande cobra, criando comunidades ao longo do rio.  

  1. Katú Mirim  

Da periferia de São Paulo, Katú é rapper, lésbica, mãe e ativista. Ela utiliza suas letras para falar sobre o contexto urbano em que vive, o resgate da sua ancestralidade e sobre a sua lesbianidade indígena. Filha de uma mulher preta e pai indígena, da etnia boe-bororo, do Mato Grosso, ela foi criada por pais adotivos e é símbolo da quebra de diversos estereótipos ligados aos povos indígenas. Seu nome indígena lhe foi dado quando tinha 30 anos, em um ritual de nomeação de uma aldeia do povo Guarani no Jaraguá, na zona oeste de São Paulo, em 2016. Em seu perfil do Instagram, Katú Mirim fala sobre assuntos ligados ao hip hop, militância indígena, como o futurismo indígena — inclusive tema de um de seus hits – e seu lugar no movimento LGBTQIA+. 

  1. Kena Marubo 

Da etnia Marubo, do Terra Indígena Vale do Javari, localizada nos municípios de Atalaia do Norte e Guajará, no oeste do Amazonas, Kena é modelo e artesã com duas lojas online, a Aruá Artes e Cerâmicas Kena. A jovem de 23 anos faz parte da Fhits The Content House, a primeira plataforma de influenciadoras digitais do mundo, que detém a maior audiência feminina online da América Latina. Ela usa suas redes para enaltecer e defender a cultura e as tradições dos povos indígenas. Além disso, ela é embaixadora do Instituto Saúde Sustentável (ISAS), que tem como proposta engajar comunidades, órgãos públicos, ONGs e iniciativas privadas para financiar ações dentro do âmbito da saúde em comunidades indígenas.  

  1. Tukumã Pataxó 

Aos 23 anos, Tukumã é diretor de comunicação da Associação de Jovens Indígenas Pataxó (AJIP), colaborador da Mídia Indígena Oficial e podcaster do Papo de Parente. Nascido na aldeia Pataxó, Coroa Vermelha, na Bahia, — a maior aldeia urbana da América Latina – o jovem ainda é chefe de cozinha e influenciador digital no Instagram, onde divulga a cultura e os saberes de seu povo, como o consumo consciente e as práticas de cultivo orgânico para dentro e fora de sua comunidade. Com bom humor, Tukumã ainda procura visibilizar estereótipos negativos relacionados aos povos originários e fazer conteúdos educativos para romper com olhares embebidos pelo colonialismo.  

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