Bibliotecas comunitárias já podem se inscrever no Prêmio Pontos de Leitura 2023, que vai premiar 300 espaços literários comunitários urbanos e rurais que desenvolvam atividades de promoção da leitura no Brasil.  

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Promovido pelo Ministério da Cultura (Minc) por meio da Secretaria de Formação, Livro e Leitura e da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, o prêmio destinará R$30 mil para cada biblioteca comunitária selecionada, com investimento total de R$9 milhões.

As inscrições vão até 18/09 e devem ser feitas por meio do site Mapa da Cultura.  Confira aqui o edital na íntegra. 

 

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Com o objetivo de valorizar as experiências realizadas por bibliotecas comunitárias, o Prêmio Pontos de Leitura 2023 reconhecerá espaços que desenvolvam atividades de mediação de leitura e criação literária e contribuam para a ampliação do acesso à informação, à leitura e ao livro. 

De acordo com o edital, podem participar pessoas físicas, jurídicas e coletivos culturais “que tenham contribuído significativamente para o fortalecimento da valorização da prática leitora em contextos urbanos e rurais, contemplando povos e comunidades representativos da diversidade cultural brasileira”. 

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou a potência transformadora da leitura durante o lançamento do edital: “O livro liberta. Liberta a mente potente, porque, quando a gente ferramenta a nossa memória, a nossa inteligência, com palavras, a nossa expressão amplia. É um mergulho dentro da imaginação. Chega um momento, também, que as palavras viram armas para lutar contra a opressão, contra a falta de oportunidade”, afirmou durante evento em Brasília (DF), em 18/08.

Assista, abaixo, ao lançamento do edital:

O que são bibliotecas comunitárias

Bibliotecas comunitárias são iniciativas coletivas, criadas, organizadas e mantidas comunitariamente, sem necessariamente a intervenção do poder público, com ações voltadas para a mediação da leitura, a criação literária e a ampliação do acesso aos livros.

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Segundo a educadora Bel Santos Mayer, a biblioteca comunitária é aquela que circula. “A leitura nas periferias e nas comunidades vulneráveis tem caráter educativo, poético e político. E a biblioteca comunitária entendeu que ela acontece da porta para dentro e para fora. Ela anda, vai para a rua, escola, para o poste em formato de lambe. É uma biblioteca que circula”. Além disso, explica a educadora, tratam-se de espaços que  “nascem da iniciativa de uma comunidade, ou da escuta sensível de alguém aos desejos dessa comunidade que, às vezes, não conseguiu desejá-la, porque tudo, inclusive o livro, parece tão longe.”

Em muitos casos, elas podem representar o único ponto de acesso à leitura no território. De acordo com a pesquisa Bibliotecas Comunitárias no Brasil: Impacto na formação de leitores, 86,7% das bibliotecas comunitárias estão em regiões periféricas das cidades, em locais com elevados índices de pobreza, violência e exclusão de serviços públicos. Além disso, cerca de 66,5% das bibliotecas comunitárias mapeadas pela pesquisa foram criadas por coletivos.

*Com informações da Agência Brasil