publicado dia 31 de agosto de 2021
E-book gratuito sobre ensino antirracista na educação básica
por gabryellagarcia
publicado dia 31 de agosto de 2021
por gabryellagarcia
Produzido por um projeto de extensão da Universidade Federal de Viçosa (UFV), e organizado pelo doutor em História e professor de História da África pela mesma universidade, Thiago Henrique Mota, está disponível para download gratuito o e-book “Ensino antirracista na educação básica: da formação de professores às práticas escolares”. O objetivo do livro é auxiliar na descontrução do racismo estrutural, na adoção de práticas antirracistas e, também, suprir uma carência pedagógica que existe na formação dos professores.
Apesar de a lei 10.639/2003 e posteriormente a lei 11.645/2008 tornarem obrigatório o tema da história e cultura afro-brasileira no currículo da Educação Básica, a abordagem tem ficado restrita apenas às aulas de História. Foi com esse olhar que Thiago pensou na organização do material, quando destacou na introdução da obra a importância de tornar o currículo mais inclusivo.
“É preciso garantir o conhecimento público sobre cientistas e artistas negros, filosofias africanas e afro-diaspóricas, línguas africanas e contribuições africanas ao português brasileiro, geografia deste continente e da diáspora, técnicas, astronomia (…). As possibilidades de expansão e descolonização do currículo para torná-lo mais inclusivo são infinitas e pautam-se na construção de relações sadias entre sujeitos, conhecimentos e pertencimento étnico-racial”.
O livro é resultado de um projeto de extensão desenvolvido pela UFV em 2019, em que o foco era a contribuição para a formação de professores da Educação Básica com olhar atento às questões antirracistas. No total, o livro traz 11 artigos de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento, a maioria das Ciências Humanas.
Thiago afirmou que o principal desafio para uma educação antirracista é justamente a formação do docente. Em razão disso, acredita que é preciso focar na formação para ‘atacar’ o que ele chama de ‘silenciamento’, presente muitas vezes nas escola. Também pode surgir daí espaço para a construção de um debate.