publicado dia 8 de setembro de 2025
Como a Educação Ambiental pode contribuir para a Justiça Climática?
Reportagem: Da Redação
publicado dia 8 de setembro de 2025
Reportagem: Da Redação
🗒️Resumo: Como a Educação Ambiental pode contribuir para a Justiça Climática é o tema da entrevista com Gabriela Chabbouh e Débora Pontalti para a série Territórios Educativos para Justiça Climática. Conheça as entrevistadas e os principais pontos explorados por elas a seguir.
Como a Educação Ambiental pode contribuir para a Justiça Climática nas cidades? Como a articulação de ações socioambientais nos territórios fortalece essa luta? E qual é o papel de um agente socioambiental nesse contexto?
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Os desafios e as soluções propostas pelas políticas municipais de Educação Ambiental, territorializadas pelos agentes socioambientais, são o tema do quarto episódio da série Territórios Educativos para Justiça Climática, com a participação de Gabriela Chabbouh e Débora Pontalti.
Disponível no YouTube, as entrevistas Territórios Educativos para a Justiça Climática iluminam temas fundamentais na convergência entre as agendas dos Territórios Educativos e da Justiça Climática. A iniciativa é uma produção do programa Educação e Território da Cidade Escola Aprendiz.
Gabriela Chabbouh é gestora pública e graduada em Relações Internacionais pela PUC de São Paulo. É Mestre em Políticas Públicas pela Universidade Federal do ABC (UFABC). Também é coordenadora de Educação Ambiental na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo.
Débora Pontalti é educadora ambiental, bióloga, mestre em Cidades Inteligentes e Sustentáveis e especialista em Educação Socioambiental e Sustentabilidade. Atua na Secretaria do Verde do Meio Ambiente de São Paulo e na coordenação do programa Carta da Terra em Ação.
Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista e assista na íntegra no YouTube:
Indicando as diretrizes para as políticas públicas ambientais da capital , o Plano Municipal de Educação Ambiental (PMEA) deve orientar as ações ambientais na próxima década.
“O Plano Municipal de Educação Ambiental pode inspirar outras cidades a investir esforços em educar para a cidadania ativa”, diz Gabriela Chabbouh.
“O Plano Municipal de Educação Ambiental pode inspirar outras cidades a se debruçar sobre esse tema, investir esforços em educar para a cidadania ativa, para que as pessoas consigam estar engajadas com as políticas públicas”, comenta Gabriela Chabbouh, coordenadora de Educação Ambiental da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da cidade.
“A grande inspiração que o PMEA traz é esse processo de escuta”, complementa Débora Pontalti. “É um plano que traz ecos dos territórios e dos diversos grupos que compõem a nossa cidade”, afirma.
A adaptação das cidades para os efeitos da crise climática também foi comentada pelas entrevistadas. Em especial, as contribuições que políticas públicas direcionadas podem trazer para a organização dos territórios.
Para Gabriela, é preciso que todos entendam seu papel no enfrentamento de situações climáticas extremas.
“Só com o engajamento de todos vamos conseguir enfrentar os eventos intensos e atípicos”, afirma Gabriela.
“Só com o engajamento de todas as pessoas que vamos conseguir, de fato, enfrentar melhor esses eventos intensos e atípicos, como essas grandes chuvas e ondas de calor que têm aumentado cada vez mais na cidade de São Paulo”, afirma Gabriela.
“Quando sensibilizamos o cidadão para as questões socioambientais, aumentamos o número de pessoas capazes de reconhecer as desigualdades da cidade e entender como esses eventos extremos vão atingir cada uma dessas pessoas”, explica Débora.
Tornar a cidade mais resiliente e justa para os seus habitantes, são focos da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ).
As especialistas explicam que a UMAPAZ é o órgão gestor da Política Municipal de Educação Ambiental de São Paulo. Sua missão é promover, assegurar e fomentar a Educação Ambiental no município. Uma de suas principais ações são as formações de Agentes Socioambientais Urbanos por meio do Programa Carta da Terra em Ação.
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“Cada agente socioambiental urbano parte da realidade local – com todas as suas potencialidades, carências e conflitos – e da experiência real do seu território, para planejar e desenvolver ações que conectam o cuidado com o território com a transformação social”, detalha Débora Pontalti.
“Cada agente socioambiental urbano parte da realidade local e da experiência real do território”, diz Débora Pontalti.
Mesclando aulas teóricas com visitas práticas à experiências já desenvolvidas na cidade, os cursos são abertos e gratuitos.
“É garantindo e dando espaço, não só para que as pessoas impactadas pelos eventos climáticos sejam pacientes, mas que sejam agentes no processo de transformação da cidade”, explica Gabriela sobre a contribuição da iniciativa para a Justiça Climática.
“O Agente Socioambiental vira uma referência no território, capaz de tecer redes e de propor soluções que são justas, porque partem da escuta coletiva e da valorização dos saberes locais. Acho que é assim que podemos contribuir para uma Justiça Climática”, complementa Débora.