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publicado dia 10 de setembro de 2024

Ecoansiedade (ansiedade climática)

Publicado dia 10 de setembro de 2024

Ecoansiedade (ansiedade climática)

🗒️Resumo: A ecoansiedade (também chamada de ansiedade climática ou ansiedade ambiental) é um impacto na saúde mental causado pela crise climática. Saiba mais sobre o fenômeno, que afeta principalmente as juventudes. 

Você sabe o que é ecoansiedade ou ansiedade ambiental? O vocábulo tem sido usado nos últimos anos para nomear efeitos negativos na saúde mental causados pela crise climática e potencializados por eventos extremos, como enchentes ou ondas de calor. 

Caracterizado por sentimentos como tristeza, desamparo e angústia, a ansiedade climática (também chamada de ansiedade ambiental ou ansiedade ecológica) afeta sobretudo os mais jovens, como crianças e adolescentes. 

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Pesquisa realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em 2023 identificou que mais da metade (57%) das pessoas entre 16 e 24 anos sentem ecoansiedade. O levantamento ouviu as juventudes de 15 países na África, Ásia, América do Norte e América do Sul, incluindo o Brasil. 

Outra pesquisa revelou que o medo é o principal sentimento associado à emergência climática, relatado por 42% dos jovens entre 18 e 24 anos. A seguir, aparecem a insegurança (39%), a incerteza (37%) e a tristeza (33%). 

Além disso, 7 em cada 10 jovens na mesma faixa etária estão preocupados com a gravidade das mudanças climáticas e do aquecimento global. 

O que é ecoansiedade

Presente na área da Psicologia desde a década de 1990, o termo ganhou mais reconhecimento ao ser apresentado como verbete em 2017 pela American Psychology Association (Associação Americana de Psicologia, em tradução livre). 

A associação norte-americana define ansiedade climática como “medo crônico de sofrer um cataclismo ambiental que ocorre ao observar o impacto, aparentemente irrevogável, das mudanças climáticas, gerando preocupação associada ao futuro de si mesmo e das próximas gerações”. 

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Já a Academia Brasileira de Letras (ABL) define ecoansidade como um “Estado de inquietação e angústia desencadeado pela expectativa de graves consequências das mudanças climáticas e pela percepção de impotência diante dos danos irreversíveis ao meio ambiente”. 

A ansiedade ambiental é manifestada por sentimentos como raiva e culpa pela situação do planeta, com efeitos no humor e no comportamento, detalha artigo publicado pela Harvard Health Publishing, publicação da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard. 

No entanto, ao contrário da depressão ou da própria ansiedade, a ecoansiedade não é categorizada como uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em vez de uma patologia, trata-se de uma resposta emocional complexa diante da emergência climática e das alterações no meio ambiente vivenciadas coletivamente.

Principais causas da crise climática

A Organização das Nações Unidas (ONU) identifica três principais causas para a intensificação das mudanças climáticas e dos eventos climáticos extremos. Todas estão relacionadas diretamente com a ação humana. 

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A primeira delas é a emissão de gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2) derivado da queima de combustíveis fósseis (como petróleo e carvão mineral), atual responsável por 55% das emissões mundiais. Além do CO2, o gás metano produzido pela da agropecuária também colabora para o agravamento do aquecimento global. 

A gestão inadequada dos riscos dos desastres socioambientais e a pouca valorização da questão ambiental na tomada de decisões pelo poder público também são apontadas pela ONU como culpadas pela crise climática global. 

Efeitos da emergência climática na saúde mental 

Os impactos das mudanças climáticas na saúde mental também ganharam visibilidade no sexto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), publicado pela ONU em 2022. 

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O fenômeno é classificado no relatório do IPCC como um impacto de curto prazo e sua concretização é considerada de confiança muito alta pelos cientistas. “O aquecimento adicional aumentará os desafios de saúde mental, incluindo ansiedade e estresse”, descreve o documento. 

Aumentar a vigilância e o acesso aos cuidados de saúde mental, com destaque para a adoção do acesso universal à saúde para todos são opções eficazes de adaptação e resiliência diante da crise climática recomendados pela ONU. 

🔗Saiba Mais

Ecoansiedade: o que é, como surgiu e como nos afeta? | Politize! 

Ansiedade climática: quais são os sinais de que uma pessoa está sofrendo com o problema? | National Geographic Brasil

Sexto Relatório de Avaliação do IPCC: Mudança Climática 2022 |  ONU 

 

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