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publicado dia 16 de novembro de 2015

Pela internet, jovens pedem apoio da comunidade para ocupações de escola

Reportagem:

Nos últimos dias, espalharam-se mais de duas dezenas de novas ocupações de escolas pelo estado de São Paulo. Capitaneadas por estudantes que se insurgiram contra a maneira com que o fechamento das escolas foi feita pela Secretaria de Educação, os jovens têm dado uma aula de democracia e valorização da educação como espaço público de debate, reafirmando o papel que estes lugares ocupam em seus territórios. Até o momento, estima-se que 25 unidades escolares estejam sob controle estudantil, mas o número cresce a cada hora.

No Facebook, páginas como O Mal Educado e Não Fechem Minha Escola tem servido como ponto focal de repasse de informações sobre ocupações, desocupações e novos desenvolvimentos na situação. Para facilitar a divulgação de informação, foram criadas plataformas onlines e mapas virtuais com a localização e situação de cada escola. E é justamente por essa plataforma digital que os estudantes têm pedido auxílio à suas comunidades e àqueles que acreditam na luta pela educação de qualidade.

Estudantes querem comunidade envolvida nos protestos contra reoorganização
Mapa detalha situação de cada escola ocupada por estudantes e quais são as suas as principais necessidades.

Clicando no link do Escolas Estaduais Ocupadas em SP #OcupaEscola é possível ver a data da ocupação, a situação da reintegração de posse, a localização e as necessidades urgentes – que vão desde mantimentos até presença, vigília e atividades culturais e educativas.

Para esta quinta-feira (19/11), estudantes ocupados na E.E. Diadema, a primeira escola ocupada no estado, convocam um dia nacional de lutas em defesa da educação. “Organize manifestações de rua, na frente das ocupações já existentes, assembleias e novas ocupações em suas escolas! Vamos espalhar a luta em defesa da educação para todo estado e todo Brasil!”, afirma a convocatória.

Entenda

No dia 23/9, a Secretaria de Educação divulgou a reestruturação da rede pública estadual de ensino, que prevê que, em 2016, as escolas atenderão apenas um ciclo de ensino (fundamental I, II ou médio). No dia 28/10, o governo anunciou que 94 escolas serão fechadas, ocasionando a transferência de 311 mil estudantes de um total de 3,8 milhões de matriculados e 74 mil professores.

“A reorganização escolar só serve para lotar salas de aulas e diminuir o número de professores. Se tem escolas e salas de aula ociosas, porque o Alckmin não reduz o número de alunos por sala ao invés de fechar escolas?”, argumenta estudante anônima da E. E. Fernão Dias, em entrevista ao Centro de Referências em Educação Integral.

A chamada reorganização da rede pública de ensino do estado é feita, segundo a Secretaria de Educação, para adequar a demanda de escolas com a diminuição do número total de alunos na rede. O processo, feito sem diálogo com a comunidade, gerou protestos e revoltas desde antes do anúncio de quais escolas seriam fechadas.

“Um estudante que está na escola do bairro A pode ser transferido para o meio do bairro B. Quando você troca de bairro, pode não se sentir incluído; as pessoas serão obrigadas a trocar de escola na marra. Isso é muito ruim e afeta diretamente a qualidade do ensino”, afirmou a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha.

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