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publicado dia 20 de agosto de 2024

Participação política: pesquisa busca entender as prioridades dos jovens na cidade do Rio

Reportagem:

🗒️Resumo: A pesquisa “Um Rio de Jovens – O que a juventude quer para a cidade?” pretende levantar quais são as necessidades prioritárias dos jovens na cidade do Rio de Janeiro (RJ) a fim de aumentar a representação das juventudes no cenário político e nortear políticas públicas para o futuro dessa população no município. Os resultados serão apresentados aos candidatos ao Legislativo.

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A participação das juventudes nas eleições municipais de 2024, marcadas para outubro, terá um papel importante para a definição do futuro das cidades.

Isso porque o número de eleitores entre 16 e 17 anos, para os quais o voto é facultativo, cresceu e interrompeu uma sequência de queda na comparação com os pleitos anteriores.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o eleitorado nessa faixa etária aumentou 14,22% em comparação ao ano de 2020. O cenário começou a mudar em 2022, com um aumento de jovens eleitores acima de 51%. 

Por outro lado, os jovens não estão bem representados na política, pois faltam políticas que contemplem suas vivências nos territórios. E isso é o que motiva uma pesquisa do Decola Cria, movimento que faz parte da Global Opportunity Youth Network (GOYN), que busca entender os interesses e a experiência dos jovens cariocas por meio de uma mobilização feita de jovem para jovem.

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Para apresentar as demandas políticas prioritárias da juventude carioca, a pesquisa “Um Rio de Jovens – O que a juventude quer para a cidade?”, elaborada pelo Conselho de Jovens da Decola Cria, em parceria com o Unicef Brasil, o Centro de Promoção da Saúde (Cedaps) e a plataforma Co.liga digital, pretende reunir o que os jovens compreendem como prioridade para suas rotinas nas cidades até o dia 5 de setembro.

Os resultados serão apresentados em evento com os candidatos a vereadores da cidade do Rio de Janeiro no dia 17 de setembro.

Como participar da pesquisa

O levantamento está buscando a colaboração de jovens que residam no Rio de Janeiro (RJ). Até dia 05/09 é possível colaborar com a pesquisa por meio do formulário.

“Não é possível elaborar políticas que de fato vão lidar com as questões que os jovens vivem sem a participação central deles. Isso vale para as para as infâncias, para as mulheres e pessoas racializadas também. A gente sabe hoje que a política não está representando a juventude. Não vemos as pautas que a juventude vive sendo adequadas na política”, aponta Anna Becker, apoiadora da coordenação do Decola Cria.

Segundo Anna, o problema atual é que as demandas dos jovens são incluídas na política a partir de intermediadores que não compartilham as mesmas experiências de vida, o que acaba não refletindo as necessidades reais dessa população nas políticas públicas.

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Imagem mostra uma jovem de costas, com uma papel no colo e escrevendo uma mensagem.
Foto: Bel Junqueira/Reprodução/Instagram/Cedaps

Temas norteadores da pesquisa

Com duração de cinco a oito minutos, a pesquisa é feita de forma anônima e abarca temas como empregabilidade, educação, discriminação, segurança, tecnologia, mobilidade urbana, inclusão e acessibilidade, mudanças climáticas, saúde mental e serviços públicos.

O questionário foi elaborado pelo Conselho de Jovens, formado por 15 jovens que atuam como ponto central nas discussões e tomadas de decisões do Decola Cria. A expectativa do movimento é que as questões levantadas pelos jovens respondentes resultem em um compromisso dos futuros gestores públicos.

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“Mais do que as propostas, a gente quer que o que for levantado seja utilizado para nortear as políticas. Colocar a juventude como centro da pauta das cidades pode ter vários efeitos, como a mudança de narrativa. Queremos mudar como o jovem é visto na sociedade, na mídia e na política. O jovem deve ser visto como um sujeito de direitos e que pauta as próprias prioridades”, detalha Anna Becker.

O Decola Cria chegou ao Rio de Janeiro em março deste ano e a pesquisa é uma das ações iniciais, ao passo que o movimento avança na sua implementação. A missão é promover mudanças sistêmicas por meio da criação de oportunidades econômicas sustentáveis, fomentar a equidade e aumentar a renda e a capacidade de ação de jovens entre 15 e 29 anos que estão fora da escola, desempregados ou trabalhando em empregos informais.

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