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publicado dia 3 de novembro de 2021

Guia relaciona qualidade do ar com cuidados na primeira infância

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Um material desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o WRI Brasil, em uma iniciativa da Fundação Bernard van Leer para o Programa Urban95, detalha os efeitos nocivos da poluição do ar à saúde das crianças na primeira infância e apresenta ações para minimizá-los.

O ar que respiramos é composto por uma mistura de gases, partículas e diversas substâncias, e é considerado poluído quando há excesso de substâncias a um nível que se torna nocivo à saúde humana e ao meio ambiente. Nas grandes cidades, inclusive, a poluição do ar tem sido um dos principais problemas ambientais, pois a alta urbanização, a industrialização acelerada, o excesso de veículos e as queimadas tornam a concentração de poluentes na atmosfera nociva e contribuem para a degradação da qualidade do ar.

A pesquisa detalha que anualmente morrem mais de 7 milhões de pessoas por doenças cardiorrespiratórias e cânceres de pulmão, doenças relacionadas diretamente à poluição do ar. As crianças, principalmente com idade entre 0 e 6 anos, tornam-se ainda mais vulneráveis aos efeitos da poluição por terem seus pulmões, cérebro e sistema imunológico ainda em formação.

Os estudiosos apontaram que a exposição à poluição do ar foi associada à incidência de diversas doenças na infância, como câncer, otite média, anemia falciforme, infecções respiratórias, obesidade, dermatite atópica, pneumonia, autismo, doenças reumatológicas, entre outras. Além disso, também foram apontadas como consequência a má formação das células neurais e a baixa cognição e dificuldade de aprendizado.

O material produzido também apontou medidas e ações do poder público, da comunidade escolar e ações coletivas que podem contribuir para minimizar os efeitos da poluição do ar para as crianças na primeira infância. Entre ações que podem ser tomadas individualmente recomenda-se:

• Usar máscara em períodos com altas concentrações de poluentes, como horas de pico de tráfego em grandes avenidas ou quando indicado pelas agências de controle ambiental.
• Priorizar o uso de transportes ativos (a pé, bicicleta).
• Não queimar lixo.
• Não fumar na presença de crianças.
• Manter o ambiente doméstico limpo e lavar cobertores periodicamente.
• Manter crianças afastadas de locais em reforma.
• Manter residências ventiladas, porém evitar janelas que sejam voltadas a locais com intenso tráfego veicular.
• Cuidado ao usar fogões a lenha e lareiras em ambientes fechados.
• Usar produtos de limpeza certificados e na dose indicada pelos fabricantes.
• Fazer manutenção periódica do ar-condicionado.
• Evitar expor crianças a ambientes com altos níveis de poluentes, como ruas e avenidas com intenso tráfego de veículos.

A pesquisa completa está disponível no site da Fundação Bernard van Leer e trás diversas orientações e informações que podem ser aplicadas em todas as esferas da sociedade para que se tenha um ar de maior qualidade e também as crianças sejam protegidas.

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