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publicado dia 13 de agosto de 2021

Fórum Nacional de Carnavais de Rua destaca territorialidade e cultura como transformadores das cidades

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O Fórum Nacional de Carnavais de Rua, que acontece de 12 a 15 de agosto, traz para o debate a questão da cultura de rua como um transformador social das cidades e do país, além da relação do carnaval com os territórios.

Na abertura do evento, que acontece de forma online e é organizado pelo coletivo nacional Carnavais de Rua em Ação (C.R.U.A.), Mãe Beth de Oxum, Goli Guerreiro e Russo Passapusso destacaram a importância da cultura ocupar as ruas e os territórios.

Goli apontou que historicamente o carnaval conta as histórias a partir da perspectiva de povos oprimidos no Brasil e que o fato de estar nas ruas, é uma forma de atualizar um legado de resistência e da história do Brasil, da África e indígena. “É um espaço de resistência e luta, uma forma de pensar uma nova ordem mundial e jeito de estar em um mundo mais diverso e igual”, afirmou.

Além disso, também destacou que o carnaval é um ato político e reafirmou sua relação com os territórios. “É a história de uma comunidade e dos territórios, das cidades que está sendo contada”.

Considerado uma forma de celebração da vida, e também de contar histórias das civilizações africanas e indígenas, Passapusso afirmou que atualmente o carnaval está se reinventando com bases de respeito e abarcando todas as classes sociais.

Mãe Beth também levantou a questão de que o carnaval é a simbologia da alegria e que as ruas, becos e praças precisam ser ocupados com essa nossa cultura carnavalesca. “Se a sociedade fosse um eterno carnaval estaríamos em outras águas”.

Fórum Nacional de Carnavais de Rua

O evento que acontece até domingo (15) tem como objetivo aproximar pessoas do carnaval de rua e suas diversas expressões culturais com debates contemplando as dimensões cidadã, econômica e simbólica do festejo popular.

Ainda participarão dos próximos debates nomes como João Jorge do Olodum (BA), Vovô do Ilê Aiyê (BA), Rita Fernandes, presidente do Sebastiana (RJ), Fabiano Santos do Afoxé Alafin Oyó (PE), Deolinda Santos do Bloco Zé Pereira dos Lacaios (MG), o bloco Cordão da Bola Preta e Cariri Olindense.

As mesas trarão assuntos como a economia criativa do carnaval, memória cultural dos blocos centenários, carnaval como resistência das mulheres, da população negra e LGBTQIAP+.

Confira a programação do evento que acontece pela plataforma Zoom:

  • Sexta-feira (13) – 18h às 20h – Modelos econômicos de carnaval de rua, sustentabilidade financeira, o direito à festa e fortalecimento de comunidades.
  • Sexta-feira (13) – 20h às 22h – Carnaval de Rua como direito cultural, direito à cidade e a liberdade de expressão.
  • Sábado (14) – 14h às 16h – A importância histórica dos carnavais de rua e a resiliência dos centenários. 
  • Sábado (14) – 16h às 17h40 – Tristeza, por favor, vá embora… Quero de novo cantar! Haverá luto e alegria na rua?
  • Domingo (15) – 13h30 às 15h10 – Viver e não ter a vergonha de ser feliz: a população LGBTQIAP+ põe a cara no sol.
  • Domingo (15) – 15h15 às 16h40 – Mulheres à frente das baterias e dos blocos: a luta e o grito das mulheres nas ruas.
  • Domingo (15) – 16h50 às 18h10 – Carnaval como território e resistência afro brasileira.
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