publicado dia 23 de julho de 2018
6 brincadeiras inclusivas para fazer ao ar livre
Reportagem: Redação
publicado dia 23 de julho de 2018
Reportagem: Redação
Por Claudia Ratti
Brincar e aprender ao ar livre são práticas essenciais para a promoção do desenvolvimento integral de todas as crianças, inclusive, daquelas com algum tipo de deficiência. Quando bem planejadas, as atividades podem ser caminhos para respeitar o ritmo e a individualidade de cada aluno.
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Ana Gloria Tomesani, pedagoga do Instituto Ser, que atua com crianças com Transtorno do Espectro do Autismo, explica que a experiência ao ar livre contribui consideravelmente para a aprendizagem destas crianças. “É uma experiência repleta de possibilidades para os educandos se expressarem e aprenderem com todos os seus sentidos”, diz.
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Nesses contextos, é importante que os educadores se envolvam nas atividades, atuando de forma atenta às necessidades dos alunos. Ana Gloria comenta que fora da sala de aula o educador deve agir como um mediador, observando e ampliando as competências daquela criança. “É possível trabalhar com todos os alunos e pensar estratégias para o aprendizado acontecer de forma efetiva, já que a criança com deficiência precisa do outro como mediador daquelas propostas”, diz.
Para auxiliar este planejamento, listamos 6 atividades inclusivas ao ar livre que podem ser trabalhadas com todos os alunos. Confira:
Para desenvolver os movimentos corporais e ativar a curiosidade dos alunos, a sugestão é brincar com as sombras. No pátio da escola, por exemplo, as crianças podem brincar de um pega-pega diferente, onde uma deve correr para pegar a sombra da outra. Também é possível brincar de teatro com as imagens projetadas nas paredes pelas mãos e outros objetos e até criar histórias usando moldes do alfabeto e de palavras.
O processo de alfabetização pode ser levado para fora da sala de aula em uma atividade para construir um dicionário a partir da natureza. A ideia é explorar a área externa da escola em busca de insetos, animais e plantas com diferentes iniciais para completar as letras do alfabeto. Assim, o estudante entra em contato com elementos naturais como terra, água, plantas e insetos, fazendo um registro a partir do que foi encontrado. Dessa forma, amplia-se o vocabulário das crianças e se apresenta um novo universo de aprendizagem, muito mais lúdico.
Nesta atividade, os alunos devem sentir os elementos da natureza e descrevê-los aos colegas. Para isso, faça dois buracos na lateral de uma caixa de papelão para que as crianças consigam colocar a mão no interior. Dentro da caixa, deposite pedras, folhas, galhos ou um punhado de terra. A intenção é que as crianças explorem os sentidos durante a brincadeira e falem para os outros o que estão encontrando na caixa.
O vôlei sentado é uma adaptação da modalidade para crianças com mobilidade reduzida. As crianças são divididas em dois times e, sentadas no chão, devem passar a bola de um lado para o outro na intenção de fazer pontos. As regras podem ser alteradas conforme as necessidades do grupo, o importante é que elas se divirtam e descubram ali uma nova forma de brincar!
Nesta brincadeira os alunos devem ser vendados e um deles escolhido para ser o “pegador”, que deve se orientar pelo som das crianças para encontrá-las. Existem algumas opções para fazer o som de identificação. Os próprios alunos podem emitir ruídos com o corpo, eles podem usar instrumentos musicais ou outros objetos que façam sons. O objetivo da atividade é que todos experimentem a sensação de utilizar os outros sentidos quando estão sem a visão.
A ideia da brincadeira é proporcionar uma experiência sensorial e desafiadora às crianças. Sentadas na areia, elas devem ser incentivadas a realizar diversos desafios naquele espaço. Você pode pedir que criem formas geométricas com as mãos, que construam um caminho ou até que encontrem brinquedos previamente escondidos. A atividade estimula o desenvolvimento da coordenação motora, a criatividade e o trabalho em equipe entre as crianças.
Durante as atividades, tenha o cuidado de fazer com que todos os alunos se sintam confortáveis e integrados à brincadeira. Evite situações de competição e garanta que cada um tenha seu tempo respeitado. Pode ser que um aluno demore um pouco mais que o outro, mas isso não deve ser encarado como um problema. Além disso, sempre incentive a ajuda entre os colegas. Para mais informações sobre atividades inclusivas, você pode acessar o Guia do Brincar Inclusivo da Unicef e o projeto Portas Abertas do Instituto Rodrigo Mendes.
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