publicado dia 30 de maio de 2012

A ideia de lançar o Museu Gay numa estação de metrô, previsto para 2013 (veja mais detalhes aqui), não é uma boa ideia. É uma ótima ideia –ótima e ousada porque uma iniciativa pública, especialmente vinda de um governo comandado por um fervoroso católico.
Por ser a maior do mundo, a Parada Gay projetou internacionalmente São Paulo como uma cidade cosmopolita e aberta à diversidade. A diversidade é o melhor da cidade e uma das razões que nos faz atrair o capital humano mais sofisticado do Brasil. Um museu serve como símbolo dessa essência paulistana, onde, na mesma época, desfilam pelas ruas gays e evangélicos.
Somos uma cidade em que um jovem (Lourenço Bustani) é escolhido como dos empreendedores mais criativos do mundo por ensinar como empresas podem ser associar a causas sociais. Ou que jovens do ITA, num cubículo, tentam revolucionar a educação usando novas tecnologias.
Vemos uma romaria de fundos de investimento pousarem na cidade para financiar essas inovações, gerando toda uma comunidade de startups. É aqui o quartel-general da América Latina do Google e do Facebook. Ou de gente que reinventa a moda, a arquitetura e o design no Brasil, espalhando-se pelo mundo.
Não tem um único dia (um único) que eu não conheça pelo menos um jovem com um projeto inovador.
A verdade é que estamos em uma das centralidades do mundo. Basta ver o número de personalidades que pousam aqui diariamente.
O Museu Gay é um tributo à diversidade que é a base da criatividade.
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Uma revista paulistana chamada Efêmero Concreto convidou diversos fotógrafos a denunciar o cotidiano urbano. Saiu uma belíssima série intitulada “A Cidade Está Nua”, onde modelos sem roupa aparecem em pontos como a avenida Paulista ou o centro antigo (acesse aqui).