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publicado dia 13 de setembro de 2013

Inclusão de estudantes com deficiência permanece em debate no governo

Por Julia Dietrich do Centro de Referências em Educação Integral

Após publicação  do jornalista Luís Nassif em seu blog, no jornal online GGN, o tema da inclusão escolar de estudantes com deficiência, meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE), ainda em tramitação na câmara, permanece em debate.

Na postagem intitulada “Gleise atropelou a Constituição e a ONU“, Nassif indicou que a ministra da Casa Civil, Gleise Hoffmann comprometeu-se a pressionar o senador Vital do Rego, relator do PNE,  a retirar a obrigatoriedade da rede de ensino público a dar atendimento às crianças com deficiência.

Ainda segundo o jornalista, a ministra “tem pretensões políticas e interesses paroquiais: conquistar apoio para sua candidatura ao governo do Paraná. E, dentre os apoios, o da influente (no estado) Federação das Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs).”

Em seguida, Hoffman rebateu as críticas, afirmando que o governo não deseja tirar a obrigatoriedade da oferta do ensino público às crianças com deficiência, mas reconhecer o trabalho desenvolvido pelas escolas especiais.

“No lançamento do Plano Viver sem Limite em 2011, voltado para as pessoas com deficiência, a Presidente Dilma Roussef  editou o Decreto 7.611/2011,  garantindo que a educação especial se dará preferencialmente na rede regular de ensino”, escreveu a ministra.

Para Nassif, é preciso ”induzir as APAEs a mudar sua política, aderindo à educação inclusiva e, com sua experiência, ajudando a aparelhar a rede básica para atender as crianças.”

A discussão sobre a inclusão e seu formato segue também em disputa na sociedade. Instituições e pesquisadores ainda se debatem sobre o assunto, alegando, entre as principais causas para a manutenção das escolas especiais, a questão de infraestrutura e da qualificação profissional.

Na última quinta-feira, 12/09, segundo publicação da secretária da Diversidade e Inclusão, Macaé Evaristo, o ministro Mercadante chegou a um acordo com a equipe do Ministério da Educação e organizações sociais. “Por ele, as entidades filantrópicas terão acesso a um conjunto de verbas. Mas não à dupla matrícula. Permanecerá a obrigatoriedade de qualquer escola básica acolher alunos com deficiência e se preparar para dar o melhor atendimento”, escreveu Evaristo.

Na discussão, em nova publicação, Nassif também salientou a importância das famílias de estudantes com deficiência compreenderem que a obrigatoriedade do ensino público não extinguiria o papel das APAEs e organizações similares.

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