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Ás vésperas da realização da Rio + 20, que reunirá autoridades mundiais na busca de soluções para uma maior sustentabilidade do Planeta, os pesquisadores do Programa de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica & Escola de Química da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Victor Esteves e Cláudia Morgado, acabam de concluir uma etapa importante de um estudo brasileiro sobre Gerenciamento de Risco de Sequestro Geológico de Carbono.

Trata-se do tema, Captura e Sequestro Geológico de Carbono – Tecnologias e Perspectivas para utilização no Brasil, que carreia toda uma técnica decorrente de pesquisas e que visa separar o CO2 – que é o maior contribuidor para o aumento do efeito estufa -, presente nos gases de escape de plantas industriais e de atividades de produção e refino de petróleo.

O assunto ganha maior relevância no Brasil, visto que as reservas recém descobertas no pré-sal possuem alto teor de CO2, associado ao gás natural. Os resultados das pesquisas se tornam uma estratégia crucial para a independência e sustentabilidade do Brasil, o que demandará muito investimento em pesquisa, não só na sua viabilidade técnica e econômica, mas também ambiental, onde intervenções complementares de engenharia e gerenciamento serão necessárias para o controle dos riscos e garantia de sua sustentabilidade –, alerta a professora Cláudia Morgado.

De acordo com o Professor Victor, a pesquisa brasileira tem o respaldo do conhecimento técnico científico obtido em diversas visitas técnicas a plantas piloto e de validação nos Estados Unidos e no Canadá, que concentram o maior projeto de sequestro geológico de carbono. Membro da missão técnica de profissionais da Petrobras, no Canadá, o pesquisador da UFRJ tem participado, ainda, dos encontros promovidos anualmente, em Pittsburgh, pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos (US DOE). Nestes encontros os projetos de captura de carbono apoiados, pelo US DOE, prestam contas dos avanços e problemas enfrentados durante o desenvolvimento das pesquisas.

Como resultado de suas pesquisas, Victor Esteves, que é Mestre em Engenharia Ambiental pelo Programa de Engenharia Ambiental (PEA) da Escola Politécnica & Escola de Química da UFRJ, e Cláudia Morgado, Doutora em Engenharia de Produção e professora do PEA, ficaram responsáveis pela elaboração do capítulo que trata de sequestro de carbono no livro Fossil Fuel and the Environment, lançado em março pela Editora Intech.  Segundo Victor Esteves, a queima dos combustíveis fósseis para geração de energia elétrica é hoje a principal fonte de emissões dos Gases de Efeito Estufa (GEE) no mundo.

Além disso, durante a extração de petróleo e gás, é carreado para superfície um percentual de CO2 que, por não ter valor comercial, atualmente é lançado na atmosfera. Como a concentração de CO2 nas jazidas do pré-sal é maior que nos poços atualmente explorados, o aumento das emissões se dará não só pelo crescimento esperado do volume de produção – enfatiza o pesquisador, ao apontar uma alternativa para impedir que todo esse carbono seja liberado para a atmosfera: reinjetar o CO2 nos próprios reservatórios ou em outras formações geológicas próximas.

No entanto, este processo que inclui separação, injeção e armazenamento do CO2 traz consigo uma série de riscos inerentes, que devem ser avaliados e gerenciados de forma a prevenir possíveis impactos aos seres humanos e meio ambiente -, complementa o pesquisador da UFRJ.

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