Da Revista Samuel

Em 2011, sob pressão da bancada evangélica, a presidenta Dilma Rousseff vetou a distribuição de material anti-homofobia do Ministério da Educação nas escolas, que foi apelidado de “kit gay”. A tarefa de educar os jovens e crianças para a tolerância em um mundo em transformação, no entanto, continua ser empreendida em vários países.

Após diversas publicações sobre o tema em inglês, a editora argentina Molinos de Viento lançou em seu catálogo os livros “Anita e suas duas mamães”, “Como cheguei a este mundo?”, que fala de barrigas de aluguel, e “Há muitas coisas que estão bem”, que trata do bullying sofrido por crianças de casais de mesmo sexo.

Para Darío Fernández, editor e autor de dois contos, os livros retratam a diversidade e a tolerância com as diferenças. “Toda família, qualquer que seja sua formação, se fundamenta no amor. Isso é o essencial”, afirma. Para ele, a paternidade de pessoas homossexuais ainda enfrenta muitos obstáculos, que não são apenas biológicos, mas resvalam nos preconceitos. O autor no entanto se surpreendeu com a boa acolhida que o livro teve por professores e pais no país, que não sabiam como lidar com o tema. A Argentina nos últimos anos aprovou diversas leis que garantem direitos iguais para pessoas do mesmo sexo, como matrimônio igualitário e o direito à gravidez assistida.

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