publicado dia 3 de maio de 2013
Merece elogios a decisão da Prefeitura de São Paulo de convidar Daniela Mercury para abrir a Virada Cultural no palco da Júlio Prestes (veja a programação aqui).
Merece elogios porque acertou no simbólico –ainda mais quando vemos o deputado Marco Feliciano virar uma estrela na política brasileira. Ele acaba de estimular a tramitação de projeto que considera o homossexualismo uma doença– a chamada “cura gay”.
A Virada Cultural é a síntese de São Paulo por mostrar a diversidade da cidade –e, neste momento, Daniela é a cara da diversidade brasileira, ao assumir publicamente sua relação homossexual.
O local em que ela vai cantar –a cracolândia– é símbolo do que pior somos enquanto comunidade, mas do melhor que podemos ser se a população ocupar a rua com cultura.
O futuro de São Paulo, uma cidade cercada pelo medo, está em fazer das suas ruas o espaço do encontro da diversidade e criatividade.
Fora disso, vamos continuar sendo uma comunidade de seres separados por muros.