publicado dia 16 de novembro de 2023
Novembro Negro nos museus: 4 exposições para visitar e refletir em 2023
Reportagem: Redação
publicado dia 16 de novembro de 2023
Reportagem: Redação
Resumo: No Novembro Negro, mês que marca a reflexão sobre a Consciência Negra, conheça exposições em cartaz atualmente em museus brasileiros que ajudam a pensar sobre a luta antirracista e a potência cultural negra no país.
Em 2023, museus e instituições culturais brasileiras ampliam o olhar e convidam à reflexão no Novembro Negro – mês dedicado ao enfrentamento do racismo e à celebração das lutas e contribuições negras para o país.
Com ápice no dia 20/11 – data oficial do Dia da Consciência Negra – a mobilização não precisa acabar em novembro: as exposições ficam em cartaz até 2024.
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A seguir, confira um seleção de exposições capazes de alimentar a reflexão e o debate.
1) Um defeito de cor | Museu da Cultura Afro-Brasileira em Salvador (BA)
Sucesso de público na sua passagem pelo Rio de Janeiro (RJ), a exposição “Um defeito de cor” – inspirada na obra homônima da escritora mineira Ana Maria Gonçalves – chega à Salvador (BA).
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Calcado em extensa pesquisa documental, o já clássico expoente da literatura afrofeminista narra de perto, ao longo de quase 900 páginas, o cotidiano do Brasil escravista do século XIX – bem como as lutas e resistências dos africanos escravizados e seus descendentes.
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Misturando literatura, arte e história, a mostra reinaugura o Museu da Cultura Afro-Brasileira, fechado para o público nos últimos três anos. A exposição é dividida em 10 núcleos e reúne 370 desenhos, pinturas, vídeos, esculturas e instalações.
Mais de 100 artistas cariocas, baianos, maranhenses e de alguns países africanos – sendo majoritariamente pessoas negras – participam da mostra, em cartaz até março de 2024.
2) Quarto Ato – O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista | Inhotim em Brumadinho (MG)
Parte da retrospectiva dedicada ao pensador negro Abdias do Nascimento (1914-2011), a exposição “Quarto ato – O quilombismo: Documentos de uma militância pan-africanista” está em cartaz no Instituto de Arte Contemporânea Inhotim, em Brumadinho (MG).
Idealizada em parceria com o Instituto de Pesquisa e Estudos Afro-brasileiros (Ipeafro), a mostra explora a multiplicidade de Abdias do Nascimento a partir da perspectiva de resistência e criatividade do quilombismo, explica o texto de apresentação.
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Dividida em oito núcleos, além dos trabalhos de Abdias em diversas fases de sua produção artística, a exposição também conta com obras de LeRoi Caldwell Johson, Heitor dos Prazeres, Tunga, Yêdamaria, Sebastião Januário, Iberê Camargo, Diego Rivera, Emanoel Araújo, Regina Vater, Anna Bella Geiger, Fayga Ostrower, Flávio de Carvalho, José Heitor, Agnaldo Manuel dos Santos, Babatunde Folayemi, Melvin Edwards, Dayse Gomis e Marcel Diogo.
3) Dos Brasis: Arte e Pensamento Negro | Sesc Belenzinho em São Paulo (SP)
Considerada a mais abrangente exposição dedicada exclusivamente à produção de artistas negros realizada no país, Dos Brasis: Arte e Pensamento Negro ocupará o Sesc Belenzinho até janeiro de 2024.
Inaugurada em agosto e dividida em sete núcleos, a mostra apresenta trabalhos em diversas linguagens artísticas – como pintura, fotografia, escultura, instalações e videoinstalações – e celebra as contribuições estéticas da população negra à arte nacional.
Todo acervo foi produzido entre o fim do século XVIII até o século XXI por 240 artistas negros de todos os estados do Brasil.
4) Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou | IMS em São Paulo (SP)
A exposição Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou é um mergulho histórico na cena cultural negra carioca da primeira metade do século XX.
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Com foco no samba urbano criado naquele contexto, a exposição apresenta gravações, obras, documentos e objetos que integram os acervos do Instituto Moreira Salles (IMS) em São Paulo (SP).
Por meio delas, percorre as complexas redes de solidariedade, resistência e espiritualidade construídas no período histórico, bem como seus reflexos atuais.
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A curadoria da exposição é dos historiadores e professores Angélica Ferrarez, Luiz Antonio Simas, Vinícius Natal e Ynaê Lopes dos Santos. É possível visitar até abril de 2024.