publicado dia 10 de novembro de 2021
Nos 70 anos da exposição, Bienal valoriza a diversidade
Reportagem: gabryellagarcia
publicado dia 10 de novembro de 2021
Reportagem: gabryellagarcia
Até o dia 5 de dezembro, com o tema “Faz escuro mas eu canto”, a 34ª Bienal de São Paulo estará com as portas abertas ao público. Prevista para acontecer inicialmente em 2020, mas adiada devido à pandemia da Covid-19, a mostra busca valorizar a diversidade cultural, com mais de 1.100 trabalhos de 91 artistas de todos os continentes. A edição deste ano também é uma celebração aos seus 70 anos, cuja primeira edição foi em 1951.
O tema “Faz escuro mas eu canto” presta uma homenagem ao poeta amazonense Thiago de Mello, que escreveu o verso em 1965 no poema ‘Madrugada Camponesa’. De acordo com os curadores, o evento deste ano pretende reivindicar o direito à complexidade das expressões da arte e da cultura e também das próprias identidades de sujeitos e grupos sociais.
Sem focar apenas em obras de arte, a exposição traz ainda 14 enunciados, que são locais que contam histórias por meio de objetos como, por exemplo, um sino que soou em momentos diversos de uma história que se repete ou então um conjunto de objetos que sobreviveram de maneiras diferentes ao mesmo incêndio.
Além dos trabalhos expostos no prédio da Bienal, outros serão apresentados em instituições parceiras, havendo também intervenções temporárias fora do pavilhão, no Parque Ibirapuera. Uma dessas intervenções é a “Moquém Surarî”, do artista indígena macuxi Jaider Esbell, que fica no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP). A intervenção reúne reúne pinturas, esculturas, fotografias e outras obras dos povos Yanomami, Pataxó e Guarani Mbya.
De acordo com a organização, além dos trabalhos de artistas de toda a parte do mundo, a diversidade também se reflete na questão de gênero. Há um equilíbrio entre homens e mulheres e 4% dos artistas se identificam como não-binários, ou seja, não se identificam com nenhum dos dois gêneros. São nove participantes indígenas de povos originários de diversas partes do mundo.
Além das visitas livres, o público também pode optar por visitas mediadas, que ocorrem sem agendamento e em horários fixos, além de visitas temáticas, mediadas por profissionais de diferentes áreas. Os horários e temas das visitas guiadas podem ser conferidas no próprio site do evento.
Aos domingos, terças, quartas e sextas-feiras, a visitação é das 10h às 19h; aos sábados e às quintas-feiras, das 10h às 21h. Para entrar é necessário apresentar comprovante de vacinação contra Covid-19 (carteirinha de vacinação impressa ou QR Code, também disponível nos aplicativos ConecteSUS, E-Saúde e Poupatempo); a entrada é gratuita.