do Uol Educação

No Estado de Bihar, um dos mais pobres e populosos da Índia, 22 crianças do vilarejo de Masrakh, na região de Saran, todas com menos de 12 anos, morreram após consumir sua merenda escolar. Análises preliminares indicam a presença de organofosforados, um pesticida, nos alimentos. Ao todo, 48 pessoas foram hospitalizadas – incluindo a cozinheira da escola – e seguem internadas em estado grave.

A situação gerou fortes protestos e muita indignação. Manifestantes em Chappra, que fica nas proximidades de Masrakh, pedem a punição dos responsáveis pelas mortes. Armados de paus, quebraram janelas de ônibus escolares e saquearam uma delegacia. O governo ofereceu uma indenização de US$ 3.370 para os familiares das vítimas.

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A refeição oferecida faz parte do programa “Merenda Escolar do Meio-Dia”, o maior programa de alimentação escolar do mundo, que funciona desde 1925 e atende 120 milhões de crianças em mais de 1,2 milhão de escolas no país. Alvo de críticas pela falta de qualidade dos alimentos, o programa visa incentivar que os pais levem mais crianças às escolas e, segundo educadores, tem funcionado. Cerca de metade das crianças no país tem problemas de subnutrição, segundo o governo.

Em Bihar, onde aconteceu a tragédia, fontes reportam a existência de acusações de fraude e corrupção no esquema de fornecimento das merendas. Muitos casos de mal-estar e doenças por má-alimentação também já aconteceram na região.

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