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publicado dia 29 de abril de 2013

Projeto usa smartphone para preservar línguas indígenas 

Reportagem:

Terra

Objetivo é preservar o patrimônio linguístico de comunidades que correm o risco de desaparecer sem deixar vestígio.

O australiano Steven Bird, professor da Universidade de Melbourne, está à frente de uma expedição na Amazônia brasileira, onde telefones celulares estão sendo usados para coletar histórias da literatura oral. O objetivo do programa é preservar o patrimônio linguístico de comunidades indígenas que correm o risco de desaparecer sem deixar vestígio.

A ideia é simples. Bird e sua equipe desenvolveram um software de fácil utilização, chamado de Aikuma. Ele permite aos falantes gravar e traduzir seu idioma. O aplicativo não utiliza a escrita e funciona por meio de ícones. Após gravar as histórias antigas e tradicionais, o aplicativo compartilha o conteúdo com os outros telefones da rede.

Com o áudio disponível em todos os celulares, ele poderá então ser adaptado para o português por qualquer pessoa conectada à rede. A tradução é feita frase por frase. No final do processo, um CD será gravado com a história e a tradução. ?Além de ser preservada, a língua poderá ser aprendida. O sistema ajudará na criação de dicionários e gramáticas.

Um quarto das 154 línguas indígenas ainda vivas no Brasil está ameaçado de extinção, já que contam com menos de cem falantes, segundo relatório realizado pelo Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG). O documento ainda alerta que é impossível determinar quantas línguas já se extinguiram desde a chegada dos colonizadores portugueses ao Brasil.

Dados do Censo de 2010, divulgados este mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informam que apenas 37,4% dos 896.917 brasileiros que se declararam como indígenas falam a língua de sua etnia. Somente 17,5% desconhecem o português. De acordo com o relatório do Museu Goeldi, mais da metade das línguas indígenas do Brasil tem menos de mil falantes.

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