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publicado dia 30 de março de 2020

Museu Afro Brasil abre seu acervo em exposições virtuais

Reportagem:

O Museu Afro Brasil está oferecendo uma série de exposições virtuais nesta época de isolamento social, onde as instituições de cultura estão fechadas por conta da epidemia de Covid-19 (novo coronavírus).

Desenvolvido junto com o Google Arts&Culture, a plataforma dá um vislumbre dos mais sete mil objetos e obras que fazem parte de um dos maiores museus dedicados à arte africana e afro-brasileira.

Leia +: Museu Afro Brasil: uma perspectiva sobre a história e cultura afro-brasileira

São 7 histórias online que mergulham nas exposições físicas disponíveis no Museu Afro Brasil. Há entre elas uma exposição sobre as alegóricas fantasias dos bailarinos de maracatu, outra sobre os bonecos que representam os orixás e a religiosidade afro-brasileira, além de mergulhos virtuais nas obras do artista Sidney Amaral e na exposição Espírito da África – os Reis Africanos, do fotógrafo austríaco Alfred Weidinger.

Também é possível visitar três andares do museu e olhar de forma aproximada para mais de 300 objetos da coleção.

boneco representando exu
Obra Exu (2011), de Mãe Detinha de Xangô e Bezita de Oxum

O Museu Afro Brasil

O Museu Afro Brasil está localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, dentro do mais famoso Parque de São Paulo, o Parque Ibirapuera. O museu conserva, em 11 mil metros quadrados, um acervo com mais de 6 mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século XVIII e os dias de hoje.

O acervo abarca diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiros, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, a escravidão, entre outros temas ao registrar a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira.

“O Museu Afro Brasil revela isso com a materialidade das obras, não só com discurso puro. Mostra muita competência e dignidade da população africana e afrodescendente nesse país. É o encontro da positividade, da resistência, encontro cidadão. É um museu da autoestima, do orgulho, que funciona como espelho para crianças, jovens, adultos e idosos finalmente se verem representados nesse Brasil”, relata Ana Lucia Lopes, coordenadora de planejamento curatorial.

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