publicado dia 14 de dezembro de 2016
No Jardim Ângela, escola arrecada fundos para finalizar espaço de arte e brincar
Reportagem: Pedro Nogueira
publicado dia 14 de dezembro de 2016
Reportagem: Pedro Nogueira
da Plataforma Cidades Educadoras.
No Fundão do Jardim Ângela, na zona sul paulistana, a EMEI Chácara Sonho Azul abraçou a proposta de ser uma protagonista na história e vida de seu território. A partir da dedicação de professores, funcionários e comunidade, a escola proporciona aprendizados ativos para seus estudantes, que participam de um roteiro de brincadeiras e arte que estimula seu desenvolvimento integral.
Para garantir esse percurso pelo livre brincar, pela arte e pela sustentabilidade, a escola estruturou em um corredor subutilizado um ateliê – em construção há quatro anos -, chamado de Espaço Brincadarte. O local, que pretende contar com tetos e paredes verdes, propõe um ambiente propício para a criatividade infantil, bordada e pintada em materiais recicláveis. Agora, após quatro anos, o espaço que já atende as crianças, busca seu acabamento final através do apoio comunitário, com uma campanha de financiamento coletivo.
Brincadarte – Espaço do brincar e da arte para a comunidade – crowdfunding from matilde valagussa on Vimeo.
Saiba mais sobre a EMEI Chácara Sonho Azul na matéria EMEI Chácara Sonho Azul catalisa fusão entre cultura e educação no Fundão do Ângela.
Desde 2006 à frente da escola, o diretor Antônio Norberto afirma que a campanha está em consonância com o Projeto Político-Pedagógico, que além de defender parcerias, reafirma a importância da arte e da brincadeira na formação das crianças, a relevância do entendimento da cidade como espaço educativo e a construção de uma Cidade Educadora.
“Estamos inseridos em um território e queremos ser um exemplo, tanto para a comunidade quanto para as outras escolas, do que é possível fazer com pouco, de como ser mais sustentável, de como garantir uma educação integral de qualidade através de nossa articulação”, defende Norberto, que acredita que esse processo possa potencializar a rede já existente em torno da escola.
“Quando a gente chama as pessoas para contribuírem, a gente não quer só dinheiro. Esperamos ativar novas possibilidades de trocas de conhecimento, de parcerias e alianças em torno de nosso projeto educativo”, afirma.
Espaço
A campanha, lançada com a colaboração de voluntários e de caráter internacional, pretende levantar US$ 22 mil dólares para comprar materiais para as mais de trezentas crianças, transformar uma parede em uma janela, fazer reformas no pavimento, construir o teto e a parede verde e diversas outras benfeitorias no lugar, que pretende ser um espaço de jogo, arte e brincadeira para toda a comunidade.
A escola, inserida no bairro que em 1996 foi considerado um dos mais perigosos do mundo pela Organização das Nações Unidas (ONU), quer se tornar cada vez mais um espaço seguro e acolhedor para toda a comunidade e suas crianças, que ainda enfrentam um dia a dia marcado pela falta de espaços públicos qualificados.
Para conhecer mais o projeto, acesse a página (em inglês) da campanha e faça sua doação. Também curta e acompanhe no Facebook, Brincadarte – Espaço do Brincar e da Arte para a Comunidade.