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publicado dia 4 de julho de 2016

Formação sobre potenciais educativos da cidade encerra com cortejo de professores

Reportagem:

Não poderia ter sido mais simbólica a escolha da Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Gabriel Prestes como sede da última etapa do curso Potenciais Educativos do Território Urbano: rumo à Cidade Educadora. Como o Portal Aprendiz divulgou, há muito tempo a Gabriel Prestes deixou de lado a ideia de ser uma escola infantil tradicional e passou a levar crianças para explorar o seu entorno e conhecer, com seus próprios olhos, a região central de São Paulo.

Destinado aos docentes da rede municipal de ensino, a formação foi realizada através de uma parceria da Diretoria Regional de Educação (DRE) Ipiranga com representantes de coletivos, museus e organizações da sociedade civil. Em seis encontros, o  curso utilizou diversos espaços e equipamentos públicos da capital paulista como ponto de partida para sensibilizar os professores para o uso educativo do território.

Construída a partir das premissas da Cidade Educadora, a iniciativa foi selecionada para o XIV Congresso Internacional de Cidades Educadoras, realizado em junho, em Rosário (Argentina). Também recebeu a visita de Ana Estela, coordenadora da São Paulo Carinhosa, política intersetorial voltada para a primeira infância no município, cujas ações contemplam o bairro do Glicério.

Em seis encontros, o curso Potenciais Educativos da Cidade utilizou diversos espaços e equipamentos públicos da capital paulista.
Professora Renata Guerra apresenta o mapeamento do entorno de sua escola.

Olhares para o Território Educativo

No último dia, os participantes foram convidados a construir um mapa que identificasse os potenciais educativos existentes em seu território de atuação e, em seguida, compartilhar com o grupo de que maneira a escola interage com eles.

Foram levantadas questões como a falta de articulação entre os equipamentos públicos e as escolas – estudantes que visitam o Parque da Aclimação, por exemplo, se deparam com uma série de proibições, como tocar violão, andar de bicicleta, entre outras; a emergência de coletivos culturais em locais onde há pouca oferta de bibliotecas, museus e centros culturais; a percepção de crianças sobre segurança pública e a função de guardas civis e policiais militares no cotidiano urbano; as vulnerabilidades inerentes a uma cidade desigual como São Paulo, mas também a potência de suas diversidades; a presença das unidades básicas de saúde nos bairros e a convergência de políticas de saúde e educação.

Os impactos do desenvolvimento urbano desordenado e os saberes e histórias escondidos em cada canto da metrópole também vieram à tona. As árvores, rios, pássaros e frutas que convivem ao lado de postes, faixas, placas e fios completaram o cenário de possibilidades educativas do espaço urbano.

Em seis encontros, o curso Potenciais Educativos da Cidade utilizou diversos espaços e equipamentos públicos da capital paulista.
Casa Amarela foi um dos locais visitados pelo cortejo.

Situada em uma área valorizada da metrópole – a poucas quadras da Praça Roosevelt –, a gestão da Gabriel Prestes acredita em uma Cidade Educadora e promove ações nesse sentido, como cortejos infantis no espaço público e visitas a museus, praças, feiras livres e bibliotecas da região. Apesar de sua localização privilegiada, os professores sempre buscam apresentar para seus alunos locais menos conhecidos do centro da cidade e também as suas inúmeras contradições.

Seguindo uma prática que vem sendo adotada por várias escolas da capital, os professores realizaram um cortejo artístico promovido pelo grupo Baque & Atitude na rua da Consolação. A saída contou com a presença de percussionistas e visitou locais vizinhos e parceiros da escola, como o Quilombo Afroguarany Casa Amarela.

A caminhada poética pela região da Consolação encerrou os trabalhos do curso, cujos itinerários educativos já haviam explorado as regiões da Barra Funda, Praça da República, Pátio do Colégio, Bixiga e Luz. Ao final, a necessidade de se organizar uma segunda etapa da formação era unânime entre os presentes.

Em seis encontros, o curso Potenciais Educativos da Cidade utilizou diversos espaços e equipamentos públicos da capital paulista.
Museus, praças, feiras livres e bibliotecas foram mapeadas pelas docentes da EMEI Gabriel Prestes.
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