Quem passa pelo metrô Sumaré, em Pinheiros, já se familiarizou com uma instalação verde na parede cinza de uma das rampas de entrada da estação. Trata-se do Jardim da Alegria, um dos projetos da ONG Floresta Urbana.
Apesar do design semelhante ao das caras ”paredes verdes”, moda em casas de bairros de elite, os Jardins da Alegria são feitos com garrafas PET, arame e telhas. Trata-se de uma solução bonita, barata e sustentável, perfeita para colocar mais natureza em bairros sem espaço para praças e parques.
A experiência do jardim na estação de metrô trouxe surpresas positivas para a presidente da ONG, Thelma Spangenberg. “Deixamos o borrifador preso apenas com um barbante, qualquer um podia pegar e levar embora. Viajamos e, quando voltamos, depois de um mês, ele ainda estava lá”, conta. Já virou hábito de quem passa no local contribuir para a manutenção do jardim. “Enchemos todos os dias e no fim da tarde está vazio”, diz Thelma.
A Floresta Urbana tem como objetivo difundir, efetivar a consciência e realizar ações socio-ambientais em metrópoles. Além dos Jardins da Alegria, no site da ONG, é possível encontrar projetos como Então Faço Eu, de compostagem urbana; e as Caçambas Verdes, um projeto que une arte e natureza em caçambas que, ao invés de lixo, possuem plantas.
A ONG nasceu da tese de doutorado de seu diretor técnico, Jörg Spangenberg, “Natureza em Megacidades – São Paulo um Caso de Estudo”na universidade Bauhaus, na Alemanha. Ele estudou e apontou os benefícios não apenas ecológicos, mas também financeiros, do aumento de áreas verdes em metrópoles como São Paulo.