Professores de cursinhos comentaram a prova de português e redação da segunda fase da Fuvest, aplicada neste domingo 8). O exame teve dez questões.
Clique aqui e confira a correção feita pelo cursinho Objetivo.
Clique aqui e confira a correção feita pelo cursinho Oficina do Estudante.
O G1 atualizará a correção do Anglo e do Etapa aos poucos no quadro ao lado.
O tema da redação foi sobre participação política.
Célio Tasinafo, diretor pedagógico do Cursinho Oficina da Estudante, diz que a prova de português seguiu o estilo da Fuvest sem cobrar diretamente a gramática normativa, e valorizando a interpretação de texto.
Sobre a redação, Tasinafo afirma que o tema foi um dos mais bem colocados dos últimos anos. Porém, de acordo com ele, os estudantes podem ter caído em armadilhas e ter usado chavões ou outras expressões do senso comum.
Nelson Dutra, professor de língua portuguesa do Curso e Colégio Objetivo, diz que a prova deste domingo estava adequada, bem elaborada e deve selecionar os vestibulandos que têm boa capacidade linguística. Segundo ele, o exame estava mais difícil do que o do ano passado, porque algumas perguntas de literatura exigiram reflexão. Sobre a redação, Dutra afirma que diferente dos vestibulares anteriores, o tema não foi metafórico, e sim, objetivo, mas exigia boa argumentação.
Eduardo Calbucci, professor de português do Anglo, afirma que a prova seguiu o padrão dos últimos anos e manteve o grau de dificuldade de médio para difícil. Segundo ele, a proposta da redação em forma de pergunta foi um facilitador e os textos trouxeram subsídios interessantes. “É o tipo de reflexão que se espera do aluno prestes a entrar na universidade.”
Célia Passoni, coordenadora do Etapa, diz que as questões de literatura estavam mais complexas do que as de línguas. Para Célia, a novidade deste ano foi o tema da redação que abandonou a tradição de apostar no abstrato para cobrar um assunto mais voltado à realidade. “Faz o candidato refletir sobre o que está próximo dele, por isso havia mais possibilidade de ele se sair bem.”
O índice de abstenção foi de 8,15%. Segundo a assessoria de imprensa, 2.568 dos 31.503 candidatos aprovados na primeira fase deixaram de fazer a prova de português e a redação, que abordou o tema da “participação política”.
As provas acontecem até a terça-feira (10) em 42 locais, 20 na região metropolitana e 22 no interior paulista.
De acordo com a Fuvest, a abstenção em 2012 foi maior do que na edição de 2011 do vestibular. No ano passado, 7,88% dos candidatos perdeu o primeiro dia de provas.
Na época, o número de convocados para a segunda fase foi maior: 38.151 vestibulandos, 3.007 deixaram de fazer a prova.
Na segunda-feira (9), os candidatos terão de responder a 16 questões de história, geografia, matemática, física, química, biologia, inglês.
A terceira prova, na terça-feira (10), terá 12 questões de duas ou três disciplinas, a depender da carreira escolhida. Se forem duas disciplinas, serão seis questões em cada uma delas. Se forem três disciplinas, serão quatro questões de cada. As provas de habilidades específicas começam na quarta-feira (11).
O candidato deve comparecer ao local de prova com caneta esferográfica azul ou preta, lápis nº 2, borracha, régua graduada, água, alimentos e uma foto 3×4. Em todas as provas, incluindo as de habilidades específicas, é obrigatório apresentar o original do documento de identidade.
Na terça-feira, será permitido o uso de esquadros, transferidor e compasso por candidatos que tenham questões de matemática. Bips, pagers, celulares, calculadoras, computadores e assemelhados, gorros e bonés são proibidos.
A lista de aprovados sai em 4 de fevereiro, e as matrículas devem ser feitas em 8 e 9 de fevereiro. Mais informações podem ser obtidas no site www.fuvest.br ou pelo telefone (11) 3093.2300.
(G1)