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Por Verena Fornetti, da Folha de São Paulo

O presidente Barack Obama disse que apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo. É o primeiro presidente a declarar, durante o mandato, a chancela ao casamento gay, tema que despontou durante a campanha presidencial.

“Para mim, pessoalmente, é importante avançar e afirmar que eu acho que casais do mesmo sexo deveriam poder se casar”, disse em entrevista à rede ABC News.

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Quando fazia campanha para o Senado, em 1996, Obama declarou apoio à legalização do casamento gay. Depois, passou a se dizer favorável apenas à união civil.

Na sua administração, entretanto, legislou favoravelmente aos gays, por exemplo, quando baniu a política “Não Pergunte, Não Conte”, que proibia discriminação nas Forças Armadas, mas barrava o acesso militar aos que assumiam a opção sexual.

Nos últimos dois anos, Obama deu declarações vagas sobre o assunto. Ele dizia que ainda estava amadurecendo a opinião sobre o tema. No domingo, o vice-presidente Joe Biden declarou-se favorável ao casamento gay.

Apesar do apoio declarado ontem, Obama disse que a legislação sobre o tema deve ser de responsabilidade dos Estados, e não da Federação.

Nesta terça-feira, a Carolina do Norte aprovou uma emenda constitucional para banir uniões civis e casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Os organizadores da campanha de Obama divulgaram comunicado dizendo que a decisão era desapontadora.

O apoio do democrata ao casamento gay reorienta o foco da campanha presidencial para um tema social. Obama disputa a reeleição em novembro e seu rival republicano provavelmente será o ex-governador Mitt Romney.

MOMENTO

O debate sobre o casamento gay já havia ganhado força na semana passada, quando Richard Grenell, um assessor gay republicano especializado em política externa, pediu demissão após ser aconselhado a não participar de um evento de campanha.

Romney ontem voltou a afirmar que se opõe tanto ao casamento gay quanto à união civil de pessoas do mesmo sexo. Disse que apoia direitos como visitação hospitalar dos parceiros.

Michael Bloomberg, prefeito de Nova York, defendeu a declaração de Obama. “Nenhum presidente americano alguma vez apoiou uma grande expansão de direitos civis que não fosse no final das contas adotada pelo povo americano. Tenho certeza de que essa não será exceção.”

Grupos gays comemoraram a decisão de Obama. Segundo eles, as palavras do presidente serão celebradas por gerações inteiras.

Gays são considerados doadores importantes para a campanha do democrata.

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