Do Unicef Brasil.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou nesta quinta-feira o Compromisso com a sobrevivência infantil: uma promessa renovada. A adesão por parte do governo brasileiro é uma demonstração do comprometimento do País em acelerar a redução da mortalidade de crianças com menos de 5 anos e, também, em apoiar outros países para que consigam, como o Brasil, atingir o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio 4 para a redução da mortalidade na infância e continuar enfrentando as causas que levam a mortes evitáveis de crianças.
Por ter atingido a meta quatro anos antes do previsto, de acordo com o Relatório de Progresso 2012 do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Brasil também é convidado a compartilhar com outros países as experiências bem-sucedidas, realizadas pelo Ministério da Saúde e outros setores do governo, que contribuíram com resultados tão positivos.
O Compromisso com a sobrevivência infantil: uma promessa renovada é uma iniciativa do UNICEF e dos governos dos EUA, Índia e Etiópia, em apoio à estratégia Toda Mulher Toda Criança, da Assembleia Geral da ONU, lançada em 2010. Esse compromisso visa acelerar os esforços dos governos e da sociedade em reduzir as mortes evitáveis de crianças de até 5 anos, com ênfase nos primeiros dias de vida.
O compromisso já conta com as assinaturas de chefes de governo de 104 países. A adesão do Brasil, como uma das referências mundiais na redução da mortalidade na infância, é extremamente importante. Em 2011, o País foi um dos cinco que tiveram os melhores índices. De acordo com o Relatório de Monitoramento 2012 do UNICEF, o País apresentou redução de 73% das mortes de crianças menores de 5 anos desde 1990. Naquele ano, a taxa brasileira indicava que, a cada mil crianças nascidas vivas, 58 morriam antes de completar cinco de anos de vida. Em 2011, esse índice foi reduzido para 16/1.000.
Com o Compromisso, o Brasil fortalece a cooperação mundial na redução da mortalidade na infância em países que ainda enfrentam enormes desafios. O intercâmbio de informações e a troca de experiências devem colaborar com o desenvolvimento de programas em várias outras nações.
“Poder cooperar com os avanços relacionados à sobrevivência de recém-nascidos, crianças e mães é motivo de orgulho para o governo brasileiro. Essa vitória ao atingir a meta estabelecida pela ONU antes do prazo se deve a uma série de ações voltadas para a melhoria da saúde das crianças, como a Rede Cegonha, a Política Nacional de Aleitamento Materno, o Programa Nacional de Imunização e a ampliação do acesso à Atenção Básica”, explica o ministro Alexandre Padilha.
“O UNICEF parabeniza o Brasil pelos resultados conquistados e pelo comprometimento. Ao assinar o documento, o governo e toda a sociedade brasileira ratificam o seu compromisso com o direito à sobrevivência e ao desenvolvimento infantil. Este ato, sem dúvida alguma, eleva o Brasil a uma posição de liderança e de exemplo para as demais nações”, disse Gary Stahl, representante do UNICEF no Brasil, na cerimônia de assinatura do Compromisso.