Perfil no Facebook Perfil no Instagram Perfil no Youtube

publicado dia 26 de março de 2014

Em Belo Horizonte, elevado que homenageava ditador muda de nome

de O Tempo

Na semana em que se completam 50 anos do golpe militar no Brasil, mais uma mudança de nome de logradouros públicos ligados à antigos generais da ditadura foi aprovada.

O Elevado Castelo Branco, que liga a avenida Pedro II à praça Raul Soares, no centro-sul de Belo Horizonte, estava sem nome desde dezembro de 2012, quando o decreto que a nominou – datado de 1971 – foi revogado.

Leia mais
Para que não se repita: eventos discutem os 50 anos do golpe militar no Brasil

Finalmente, a Câmara Municipal da cidade aprovou, na última terça-feira (25/3), a alteração do nome para Elevado Dona Helena Greco, uma das primeiras vereadoras de Belo Horizonte e militante importante contra a ditadura militar. A mudança se deu após projeto de lei de autoria do vereador Tarcísio Caixeta (PT), em 2012. O PL pedia a renomeação de dois viadutos que homenageavam presidentes da época do regime militar: o viaduto Costa e Silva e o Elevado Castelo Branco.

Após ser aprovada na Câmara, a nomeação do elevado depende apenas da sanção do prefeito Márcio Lacerda (PSB).

Helena Greco. | Crédito: Reprodução

Helena Greco

Uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores, Helena Greco nasceu em Abaeté, no interior do estado de Minas Gerais. Iniciou sua militância política aos 61 anos, no momento em que os cidadãos lutavam pelo fim da ditadura militar. Ela fundou e presidiu o Movimento Feminino pela Anistia em Minas Gerais, em 1977, e o Comitê Brasileiro de Anistia, em 1978.

Helena foi pioneira ao implementar a primeira Comissão Permanente de Direitos Humanos no Brasil, com o objetivo de por fim à exploração dos trabalhadores e combater as desigualdades.

Curiosamente, Helena foi responsável pela primeira troca de nome de rua por homenagear agentes da ditadura. À época, a rua Dan Mitrione homenageava o agente norte-americano responsável por treinar os policiais na aplicação de torturas – especialmente a técnica de torturar com choques sem deixar marcas.

Localizada no bairro das Indústrias, em BH, a rua atualmente leva o nome de José Carlos da Mata Machado, que militou na Ação Popular (AP) e foi morto após ser preso no DOI-Codi de Recife.

Helena Greco faleceu aos 95 anos, em 2011, vítima de insuficiência cardíaca.

Leia a notícia na íntegra aqui.

As plataformas da Cidade Escola Aprendiz utilizam cookies e tecnologias semelhantes, como explicado em nossa Política de Privacidade, para recomendar conteúdo e publicidade.
Ao navegar por nosso conteúdo, o usuário aceita tais condições.