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publicado dia 25 de maio de 2012

Projeto de educação para a agricultura orgânica é lançado no Dia do Mundial do Meio Ambiente

Pequenos agricultores têm dificuldades em iniciar lavoura de orgânicos.

No ano em que o Brasil será sede das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho, o Instituto 5 Elementos aproveita a data para lançar mais um projeto de união entre conservação, ação social e desenvolvimento econômico, dentro de uma concepção integrada da questão ambiental. O projeto “Educação Ambiental para incentivar a Agricultura Orgânica nas APAs Bororé-Colônia e Capivari-Monos” é uma iniciativa voltada à formação de agricultores do extremo sul da cidade de São Paulo, que contribuem com a preservação de uma área de grande importância hídrica, por ser área de mananciais, ao mesmo tempo em que cultivam alimentos orgânicos.

O projeto realizado pelo Instituto 5 Elementos é financiado pela Prefeitura de São Paulo, através do FEMA – Fundo Especial de Meio Ambiente de São Paulo, e acontece em parceria com o Centro Paulus, a Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica, a Casa de Agricultura Ecológica de Parelheiros, e a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo. E visa ainda a integração dos participantes à Cooperapas – Cooperativa Agroecológica dos Produtores Rurais e de Água Limpa de São Paulo – fundada após o projeto em 2009, e hoje com 32 cooperados.

Além do acompanhamento e orientação de um técnico nas propriedades, estão entre os temas sempre trabalhados no curso a agricultura orgânica, a organização e sustentabilidade dos agricultores e a conservação e manejo ambiental, acompanhados de uma série de visitas a propriedades orgânicas e feiras, que estimulam o compartilhamento de experiências. Assim, no próximo dia 5 de junho, o projeto tem início com o lançamento do curso de capacitação dos agricultores, no Centro Paulus, em Parelheiros.

“É uma continuidade do projeto realizado em 2009 com 14 agricultores de região, envolvendo assistência técnica nas propriedades e transmissão de conhecimento para tornar os ambientes agrícolas equilibrados e saudáveis. Trata-se de uma das primeiras iniciativas a trabalhar a educação ambiental unida à agricultura orgânica na região, o qual ensinou não apenas novas técnicas de manejo, mas uma abordagem multidisciplinar que possibilita ao agricultor encontrar por si as respostas para os desafios da plantação”, expressa a fundadora e coordenadora do Instituto 5 Elementos, Mônica Pilz Borba.

O evento de 5 de junho conta com a exposição detalhada do projeto, e a apresentação dos participantes do curso anterior, abordando o impacto do cultivo orgânico em seu dia a dia. Um dos principais resultados da iniciativa em 2009 foi a contribuição para a  fundação da Cooperapas – Cooperativa Agroecológica dos Produtores Rurais e de Água Limpa de São Paulo.

A seguir, os painéis do curso irão tratar do histórico da agricultura e da revolução verde, como realizar coleta de solo e a paisagem da propriedade, como montar o mapa de gestão para desenvolver o diagnóstico e o planejamento da propriedade, entre outros temas. As aulas continuam ao longo do ano, acompanhadas de excursões a propriedades orgânicas, como o Sítio Catavento, e ao Centro de Educação Ambiental de Caucaia do Alto HSBC, gerenciado pelo Instituto 5 Elementos

Segundo o engenheiro agrônomo Ceceo Chaves, coordenador do projeto no Instituto 5 Elementos, fomentar a agricultura orgânica no extremo sul da cidade é fazer a preservação dos mananciais e da biodiversidade na última área preservada do município com características rurais. “A manutenção das propriedades agrícolas na região impede a ocupação desordenada e faz frente à pressão imobiliária”, diz.

Todo esse esforço se justifica quando sabemos que os 341 quilômetros quadrados das APAs Capivari-Monos e Bororé-Colônia protegem as cabeceiras das represas Billings e Guarapiranga, responsáveis pelo abastecimento da região sul da cidade, além do maior remanescente de Mata Atlântica do município. Hoje, os cerca de 300 agricultores presentes na região podem se transformar em agentes do uso sustentável dos recursos naturais, ao mesmo tempo em que fortalecem a agricultura familiar, responsável por 70% dos alimentos consumidos no Brasil.

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