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Por Karol Assunção, da Adital

Estudantes chilenos voltam às ruas nesta quarta-feira (16/5) para mais uma Marcha Nacional pela Educação. A mobilização, convocada por Confederação de Estudantes de Chile (Confech), Assembleia Coordenadora de Estudantes Secundaristas (Aces) e Coordenadora de Estudantes Secundaristas (Cones), ocorrerá em várias partes do país com o objetivo de novamente mostrar ao governo que “Chile quer uma educação pública, gratuita e de qualidade”.

Em Santiago, a mobilização está marcada para começar às 11h na Praça Itália, de onde sairá em marcha pela Alameda e Mac Iver até chegar à Estação Mapocho, local em que ocorrerá um ato. Na convocatória, as organizações ressaltam que o percurso está autorizado pela Intendência Metropolitana.

Outras cidades também já aderiram à mobilização, como é o caso de Copiapó, La Serena, Valparaíso, Talca, Concepción, Chillán, Valdivia, Osorno e Castro. Os detalhes das manifestações locais podem ser consultados através do Facebook (https://www.facebook.com/events/218148114954240/).

As organizações pedem que os estudantes saiam às ruas neste dia 16 de maio para mais uma vez exigir do Governo chileno uma educação pública, gratuita e de qualidade. A ideia é aproveitar espaços e mecanismos que ajudem a divulgar a marcha e as demandas dos estudantes chilenos: pode ser através de distribuição de panfletos, aplicação de stencil em muros das cidades, divulgação nas redes sociais, como convocação via Facebook e Twitter – através da hastag #TodosMarchanEl16.

Sete razões para marchar

As mobilizações de 2011 chamaram a atenção do país e do mundo para a situação da educação. Em um cartaz com a frase “Por que nos mobilizamos em 16?”, a Federação de Estudantes da Universidade do Chile (Fech) destaca que o processo iniciado no ano passado continua. “Todos os dias há uma opinião, um comentário ou uma proposta nova do governo feita para responder a nossas demandas sem que mude nada substantivo”, comenta.

Por conta disso, a Federação segue destacando sete motivos para a população chilena continuar mobilizada. Isto porque persiste no país: legado da ditadura, lógica de mercado, endividamento, educação como grande negócio, Estado subsidiário, educação que quebra, e reforma monetária.

No material, Fech aponta o mercado como um dos motivos para se manifestar, pois “transforma em um ‘bem de consumo’ questões que haviam sido reconhecidas como direitos universais da comunidade”. No caso, ressalta que a educação chilena ainda não é um direito universal.

Um ponto também destacado é o endividamento. Como vários direitos são vistos como bens de consumo, o cidadão precisa pagar para ter educação, saúde ou moradia – para citar os exemplos apresentados pela Fech. “E como nem todos podem pagar, a solução do sistema é uma: endividar-te. Como resultado, no Chile os direitos se pagam em cotas, em geral de interesse altíssimo e enriquecendo poucos”, afirma.

A Federação destaca ainda que o Ensino Superior é visto no país como um “grande negócio”, com mercado estimado em cerca de 1,7 bilhões de dólares. “A maior parte destes recursos provem de nossas famílias, cujo esforço termina nas férias luxuosas de um banqueiro ou um dono de universidade”, alfineta.

Outras mobilizações

A mobilização do dia 16 de maio ainda nem ocorreu, mas organizações e movimentos estudantis chilenos já se preparam para realizar outras ações, como a já marcada para acontecer no próximo dia 21 de maio, em Valparaíso, por ocasião da Conta Anual do Presidente da República do Chile diante do Congresso Pleno. As informações sobre a manifestação são divulgadas na página:https://www.facebook.com/events/288721924547472/

Para mais informações, consulte: http://fech.cl/

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