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O muro de um bar que fica em frente à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, foi pichado com a frase “A UFMG vai ficar preta”, num protesto racista à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 26, que julgou ser constitucional o sistema de cotas para afrodescendentes.

A UFMG informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que repudia “qualquer tipo de manifestação racista”. O Conselho Universitário decide hoje se vai abrir investigação.

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No entanto, a UFMG esclarece que, desde 2009, adota o sistema de bônus para estudantes provenientes de escolas públicas, que difere do esquema de cotas para negros. O sistema prioriza alunos que estudaram por pelo menos sete anos em escolas públicas. Esses estudantes contam com um adicional automático de 10% na nota do exame de seleção. De acordo com a universidade, se esses alunos se declaram negros ou pardos, têm um acréscimo de mais 5% no bônus.

A justificativa da UFMG para adoção desse sistema é que, independentemente da raça, o que conta no momento da seleção é o preparo a que o estudante teve acesso. E pelos cálculos da universidade, há uma diferença média de 10% entre o desempenho dos estudantes das escolas públicas e os das particulares.

Foi com base nesse modelo de seleção que a atriz indígena Adana Kameba conseguiu sua vaga no curso de Medicina da UFMG, do qual é caloura. Ela veio de Manaus para estudar em Belo Horizonte. Adana é protagonista do filme Xingu, que conta a história da criação do parque nacional de mesmo nome. Adana vive a personagem Kaiulú, que faz par romântico com Cláudio Villas-Boas, interpretado por João Miguel.

(Estadão)

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