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O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, recomendou hoje (4) aos estudantes que pretendem pleitear bolsas de estudo fora do país pelo programa Ciências sem Fronteiras (CsF) que se adiantem no estudo da língua estrangeira para facilitar o processo de ingresso nas instituições internacionais.

Segundo Mercadante, a dificuldade dos bolsistas para aprender outra língua, principalmente o inglês, tem sido o “maior desafio” da execução do programa. O CsF já concedeu 14,6 mil bolsas, sendo que desse total 3,7 mil alunos já estão estudando fora do país, e o restante deve viajar a partir de agosto.

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“As dificuldades operacionais são muito pequenas e absolutamente marginais. O maior desafio é a proficiência em inglês”, disse Mercadante. O estudante selecionado para o programa precisa apresentar uma pontuação mínima no Test of English as a Foreing Language (Toefl), prova internacional que certifica o nível de proficiência em inglês.

De acordo com o ministro, o estudante selecionado para o programa pode ficar por seis meses no país estudando a língua antes do início do curso, mas se não obtiver a pontuação mínima não é aceito pela instituição estrangeira.

Mercadante disse que o Ministério da Educação (MEC) está mobilizando as universidades federais e outros órgãos, como embaixadas, para aumentar a oferta de cursos de inglês para universitários. A recomendação do ministro é que logo ao entrar no ensino superior o estudante inicie o estudo da língua estrangeira. “Quem está entrando este ano na universidade já vai estudando a língua estrangeira para que no próximo ano possa se candidatar e fazer o teste de proficiência. Não tem que ficar esperando, tem que tomar a iniciativa de se habilitar”.

Atualmente está no ar o terceiro edital do CsF, com 2.965 bolsas do tipo graduação sanduíche, quando o estudante faz a metade do curso no exterior e o restante no país, na Austrália, Bélgica, Coreia, Espanha, Holanda, no Canadá e em Portugal.

Os cursos priorizados pelo programa são as engenharias e os da área de ciência e tecnologia. As inscrições se encerram em 30 de abril e podem ser feitas no site do programa.

O próximo edital que, segundo o ministro, deverá ser lançado em maio, irá incluir oportunidades na Alemanha, França, Itália, no Reino Unido, Canadá e nos Estados Unidos. O governo brasileiro também negocia parcerias com a Irlanda, Noruega, Índia e Finlândia.

De acordo com o ministro, há também uma demanda forte de pesquisadores e professores estrangeiros interessados em trabalhar no Brasil. Dois programas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que vão oferecer bolsas para esse público tiveram inscrições acima da expectativa, na avaliação de Mercadante.

Ele acredita que o interesse no Brasil decorre da projeção internacional que o país ganhou nos últimos anos e do cenário econômico mundial.

“Por causa da crise está havendo um corte de orçamento muito forte na área da pesquisa, ciência e academia, na Europa e nos Estados Unidos. Pela primeira vez em muitos anos você tem desemprego acadêmico em uma área que sempre foi muito preservada”.

(Agência Brasil)

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