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A maioria das escolas públicas que tiveram os melhores desempenhos da rede estadual em 2010 sofreu queda na nota no ano seguinte, apontam dados divulgados pela Secretaria da Educação.

Considerando as 349 melhores de 2010 no ensino médio (10% tops), 252 tiveram nota menor no ano passado, segundo tabulação da Folha com base nos dados oficiais.

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Apenas outras 9 mantiveram a nota, e 88 melhoraram. O movimento foi semelhante nas unidades com séries finais do ensino fundamental.

A comparação é feita com base no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo), índice que considera o desempenho dos alunos em português e matemática em cada colégio, aliado à sua taxa de aprovação.

Melhor escola há dois anos, a Rizzieri Poletti (em Candido Rodrigues, a 352 km de SP) foi de média 5,81 para 1,47, na escala de 0 a 10 -recuo de 75%.

Já a escola João Ramalho, na cidade de mesmo nome, melhorou em 2010 e depois piorou. Um professor disse que isso ocorreu porque a diretoria de ensino enviou educadores para o colégio. Quando deixou de receber o apoio extra, a média caiu 36%.

Na escola Professora Tereza Valverde Cardoso Tirapele, em Gastão Vidigal, a queda de 41% foi atribuída por um educador à diferença entre as turmas avaliadas.

A Secretaria da Educação disse que precisa de mais tempo para analisar os dados.

“De todo modo, não há razão para se cogitar problemas no sistema de avaliação”, afirmou a secretaria.

“Quaisquer que sejam os fatores relacionados às oscilações apontadas, o avanço dos dados globais do Idesp mostram que a educação do Estado está no caminho da melhoria da qualidade.”

Na média da rede, as escolas de 5º e 9º anos do ensino fundamental tiveram leve melhora. As notas médias para o 5º e 9º ano passaram, respectivamente, de 3,96 para 4,24, e de 2,52 para 2,57.

Já o ensino médio teve pequeno recuo(1,81 para 1,78).

BÔNUS
Além de avaliar a qualidade de ensino, o Idesp é usado como base para bônus a professores e funcionários, que chegam a ganhar quase três salários extras se a unidade bater a meta. Neste ano, o número de escolas contempladas subiu de 71% para 85%.

(Folha de São Paulo)

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