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O tradicional diário de classe dos professores da rede pública de Ensino do Distrito Federal poderá ser preenchido eletronicamente a partir deste mês. Com isso, informações como desempenho escolar, lista de presença e o conteúdo ministrado pelos professores estarão disponíveis pela internet, no site da Secretaria e Educação do DF. A novidade, publicada nesta semana no Diário Oficial do DF (DODF), estará disponível para os professores da rede pública a partir de 12 de março. A adesão à nova ferramenta é opcional.

O subsecretário de Modernização e Tecnologia da Secretaria de Educação, Luiz Roberto Moselli, explica que a iniciativa vai agilizar o tempo dos professores e dar mais condições de trabalho a eles. “A Secretaria de Educação fará campanhas até junho para ensinar aos professores a usar a nova ferramenta e, em princípio, ninguém será obrigado a utilizá-la”, ressalta. Ele adiantou que o governo não fará nenhum investimento para promover a mudança.

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Para o subsecretário, o diário eletrônico é uma evolução na educação e possibilitará a automação de todo o trabalho dos professores. Outra vantagem é a organização das aulas, que poderão ser elaboradas com antecedência e de forma sistemática. “O mais importante, contudo, é o ganho de tempo, que será enorme”, complementa.

Outro ponto importante da mudança é que, a partir do segundo semestre deste ano, os pais dos alunos poderão acompanhar a vida escolar dos filhos. “Para tanto, dependemos de uma infraestrutura mais completa nas escolas. Ela já está sendo implantada pela Secretaria de Educação em todas as unidades do DF”, adianta Luiz Roberto Moselli.

Desenvolvimento do projeto
Quatro professores da rede pública formaram uma comissão para desenvolver o projeto do diário de classe eletrônico oficial. André Tosta Mendes, que está no quadro do GDF há 13 anos, é um dos coordenadores. Segundo ele, o diário de classe eletrônico agiliza a vida dos profissionais e segue normas da Secretaria de Educação. “Com a informatização, o professor vai ganhar tempo e poderá pensar em novos conteúdos pedagógicos. A vantagem não é só para nós que usaremos a ferramenta, mas também para o governo que terá o diário padronizado”, afirma André.

Os alunos aprovaram a mudança. Arthur Pontes de Sá, que cursa o 1º ano do ensino médio no Centro de Ensino Médio da Asa Norte (Cean), acredita que, com o diário eletrônico, os professores terão mais tempo livre para apresentar novidades na sala de aula.

O diretor do Cean, Hamilton Paz das Neves, avalia que a adesão dos professores ao novo modelo de diário pode não chegar a 100% e afirma que as facilidades chegarão também à mesa da diretoria. “A mudança vai acelerar todo o nosso trabalho, porque teremos acesso às notas, faltas e toda a vida em sala de aula do aluno em poucos minutos”.

Educação e Tecnologia
Para o subsecretário Luiz Roberto Moselli, a união de tecnologia e educação é fundamental para atrair o aluno à sala de aula. “É importante dizer que não estamos informatizando a educação. Com as mudanças, estamos permitindo uma evolução no ensino e dos envolvidos neste processo: o professor e o aluno”.

O professor André Tosta Mendes acredita que essa aproximação é muito bem-vinda, embora o Brasil ainda esteja no início do caminho. “Outros países já estão em um estágio bem avançando quando o assunto é tecnologia aliada à educação. Temos que pensar que a informatização não vai substituir o professor e o sistema pedagógico de cada profissional. O mundo está totalmente inserido neste sistema e o melhor é vê-lo como um aliado”, defende.

Para o professor João Sebastião Domiciano, outro integrante da comissão que desenvolveu o diário de classe eletrônico, até mesmo o rendimento dos alunos tem sido maior com o uso das novas tecnologias. “O professor tem mais tempo de explicar as matérias e as ferramentas servem como um complemento para a sala de aula”.

Kits e tablets
O GDF, por meio da Secretaria de Educação, também está transformando o parque computacional de todas as escolas. Até o primeiro semestre de 2013, as 649 unidades de ensino serão equipadas com computadores, impressoras, projetores e terão acesso à internet banda larga. As primeiras regionais serão contempladas a partir de julho e, em um ano, toda a rede pública estará conectada à rede mundial de computadores. “Precisamos primeiro garantir 100% de conectividade às escolas para depois instalar os equipamentos”, informa o subsecretário. O investimento chegará a R$ 55 milhões.

Outro projeto que está em fase avançada de elaboração no DF é o do uso de tablets nas escolas públicas. O objeto é desejado pela maioria das crianças e adolescentes e pode representar uma mudança significativa na forma de ensinar e aprender. Antes da utilização do equipamento, será preciso aguardar a conclusão de um estudo que está em andamento no Ministério da Educação. Técnicos da pasta avaliam como a ferramenta pode ser usada em sala e a previsão é que o resultado seja divulgado em maio.

Segundo Luiz Roberto Moselli, o DF acompanha todo o processo no governo federal e será a primeira unidade da federação a implantar a mudança. Pelo menos 100 mil alunos serão beneficiados. “Antes de qualquer mudança, precisamos formar os professores e saber como o conteúdo será utilizado. Mas o governador Agnelo Queiroz já determinou que esta é uma prioridade”, ressalta.

(CorreiodoBrasil)

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