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publicado dia 11 de novembro de 2019

14 filmes para compreender as ditaduras no Brasil e na América Latina

Reportagem:

Na última semana, as declarações do presidente Jair Bolsonaro repercutiram nos principais veículos de comunicação do país. Durante transmissão ao vivo no Facebook, ele mencionou que servidores ambientais que “atrapalhassem” o governo deveriam ir para a “ponta da praia”, gíria usada no regime militar para se referir a presos políticos que seriam torturados em uma base da da Marinha na Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro. No mesmo dia, o filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), sugeriu a criação de um novo AI-5, decreto emitido durante a ditadura que restringia a liberdade de expressão.

Leia+: Constituição de 88: a participação social como base e defesa da democracia

A escola não pode negar fatos históricos. As declarações foram criticadas e levantaram debate sobre a importância da democracia e de evitar os perigos da ditadura.

Abaixo, selecionamos filmes brasileiros e estrangeiros que retratam os “anos de chumbo” na América Latina e podem servir de apoio para o professor que deseja contextualizar suas aulas. Confira:

Uma noite de 12 anos (Álvaro Brechner, 2018)
José Mujica, Mauricio Rosencof e Eleuterio Fernández Huidobro são militantes dos Tupamaros, grupo que luta contra a ditadura militar local. Eles são presos em ações distintas e encarcerados junto a outros nove companheiros, de forma que não possam sequer falar um com o outro. Ao longo dos anos, o trio busca meios de sobreviver não só à tortura, mas também ao encarceramento que fez com que ficassem completamente alheios à sociedade, sem a menor ideia se um dia seriam soltos.

Colônia (Florian Gallenberger, 2015)
Um jovem casal se envolve no golpe de Estado do Chile em 1973. Ele é sequestrado pela polícia secreta de Pinochet, e ela vai seguir a pista até uma área no sul do país chamado Colonia Dignidad.

O dia que durou 21 anos (Camilo Tavares, 2013)
Documentos secretos e gravações originais da época mostram a influência do governo dos Estados Unidos no Golpe de Estado no Brasil em 1964. O filme destaca a participação da CIA e da própria Casa Branca na ação militar que deu início a ditadura.

Violeta foi para o Céu (Andrés Wood, 2011)
Perfil da famosa e aguerrida cantora chilena Violeta Parra, incansável defensora dos direitos humanos e da democracia. Programa reconta sua vida, faz um apanhado de suas principais canções, com fotos da época e depoimentos de colegas e amigos.

Tony Manero (Pablo Larrain, 2009)
No fim dos anos 70, no Chile, Raúl Peralta é obcecado pelo filme “Os Embalos de Sábado à Noite” e pelo personagem Tony Manero, de John Travolta. Mas ele exagera quando decide participar de um concurso para imitadores.

Batismo de Sangue (Helvécio Ratton, 2007)
Baseado no livro de Frei Betto, o filme conta a história de cinco frades dominicanos que se engajaram na guerrilha contra a ditadura militar nos anos 60 no Brasil. Por apoiarem a luta armada, são considerados comunistas, são presos e torturados.

Zuzu Angel (Sérgio Rezende, 2006)
Nos anos negros da ditadura, Zuzu Angel era uma estilista de sucesso que conquistava o mundo com o seu talento, até que seu filho Stuart desapareceu nas mãos dos militares e foi torturado e morto.

Salvador Allende (Patricio Guzmán, 2004)
Desde a infância passada em Valparaíso à morte durante o golpe militar do General Pinochet em 11 de setembro de 1973, um panorama da vida e das realizações do presidente chileno Salvador Allende, incluindo entrevistas e imagens de arquivo.

Que Bom Te Ver Viva (Lúcia Murat, 1989)
Murat, que foi torturada no período da ditadura militar, narra a vida de algumas mulheres brasileiras que pegaram em armas contra o regime militar. Há uma série de depoimentos de guerrilheiras e cenas do cotidiano dessas mulheres que recuperaram, cada uma à sua própria maneira, os vários sentidos de viver.

A História Oficial (Luis Puenzo, 1985)
Após o fim da Guerra Suja na Argentina, uma professora investiga a origem de sua filha adotiva.

Cabra marcado para morrer (Eduardo Coutinho, 1984)
Em 1962, o líder da liga camponesa de Sapé (PB), João Pedro Teixeira, é assassinado por ordem de latifundiários. Um filme sobre sua vida começa a ser rodado em 1964, com a reconstituição ficcional da ação política que levou ao assassinato e direção de Eduardo Coutinho. As filmagens são interrompidas pelo Golpe Militar de 1964. Dezessete anos depois, em 1981, Eduardo Coutinho retoma o projeto e procura Elizabeth Teixeira e outros participantes do filme interrompido.

Pra Frente, Brasil (Roberto Farias, 1982)
Após ser confundido com um ativista político, um pacato cidadão da classe média é preso e torturado por agentes federais durante a euforia do milagre econômico brasileiro e da Copa do Mundo de 1970.

Missing – O Desaparecido (Costa-Gavras, 1982)
Num país da América do Sul, após golpe militar, jornalista americano de esquerda some. O pai dele desembarca para ajudar a nora na procura. A custo, ele é obrigado a admitir que o desaparecimento é parte de uma conspiração acobertada pelos EUA.

Eles não usam black-tie (Leon Hirszman, 1981)
Otávio é um militante sindical que organiza um movimento grevista para resistir às práticas exploradoras de uma metalúrgica, onde seu filho Tião trabalha. Mas com a namorada grávida, Tião resiste à greve para não perder o emprego.

Publicado originalmente no Porvir 

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