publicado dia 18 de março de 2019
Prêmio Territórios anuncia dez escolas ganhadoras
Reportagem: Redação
publicado dia 18 de março de 2019
Reportagem: Redação
Foram anunciadas as 10 experiências vencedoras do 3º Prêmio Territórios. Iniciativa do Instituto Tomie Ohtake, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e com apoio da Estácio, o prêmio reconhece projetos que conectem escolas ao seu entorno e à cidade, integrando, além das disciplinas curriculares, a cultura em sua ampla acepção e diversidade.
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Os 86 projetos enviados na terceira edição do prêmio foram avaliados por uma comissão especialista nos campos de educação e cultura, como Beatriz Goulart (diretora do centro de pesquisa Cenários Pedagógicos, participante da implementação dos CEUS em São Paulo) e também Macaé Evaristo (da Secretaria de Educação de Minas Gerais).
Confira as 10 escolas selecionadas:
Slam Altino: ninguém cala o nosso grito! (EMEF Altino Arantes): o projeto interdisciplinar de Língua Portuguesa, Informática e Artes, consistiu em um slam que abordou os direitos humanos, planejado na escola e realizado em espaço público.
Música de todos os povos (EMEI João Mendonça Falcão): com uma população de alunos formada por migrantes de outros estados e países, foi criado um projeto de pesquisa oral e escrita com as famílias para desenvolver atividades musicais com as diversas culturas presentes.
Coletivo Feminista Estudantil (EMEF Sebastião Francisco, o Negro): A plataforma de estudos foi criada por jovens do 5º ao 9° que sentiram necessidade de um espaço para discutir igualdade, respeito, direitos das mulheres, machismo e relações de gênero a partir de situações de assédio no trajeto entre suas casas e escola.
Projeto Caminhos do Concreto (EMEF Júlio de Oliveira): Estudantes se engajaram em uma pesquisa sobre a Fábrica de Cimento, em Perus, montando uma exposição fotojornalística sobre como o espaço se conecta com o território e revela a história de movimentos sociais da região.
Sementes dos Sonhos (CEU EMEF – Paulo Gonçalo dos Santos): O projeto multidisciplinar investigou como o uso de agrotóxicos impacta o meio-ambiente e a saúde humana. Ele partiu da vivência das famílias dos estudantes: muitas delas moram às margens da represa Billings, área de proteção ambiental.
Grafismo e culturas indígenas: arte, manifestação cultural e tradição (CEU EMEF – Butantã): A pesquisa desenvolvida pelos estudantes analisou os grafismos e pinturas de origem indígena, buscando entendê-la pelos viés artístico mas também cultural e social de sua produção. O projeto envolveu visitas a aldeias indígenas em São Paulo.
Território Jaraguá (EMEF Estação Jaraguá): A partir da fotografia, os estudantes foram convidadas a conhecer diversas histórias do território do Jaraguá, múltiplo em culturas e movimentos sociais. Para tanto, realizaram roteiros de aprendizagem para compreensão dos conceitos de lugar, paisagem, território, espaço geográfico e natureza.
Conhecendo e Sendo em São Paulo (EMEI Gabriel Prestes): Valorizando a escuta das crianças e seu protagonismo em projetos que envolvam a comunidade, a iniciativa promoveu visitas às famílias de cada uma das crianças. Juntas, elas planejavam como fazer o trajeto e como cada família poderia receber a comunidade escolar.
Todos os territórios são nossos: a criança como protagonista na escola e na cidade. (EMEI Ricardo Gonçalves): Um Conselho Mirim foi criado para que as crianças fossem protagonistas do processo de acesso à equipamentos de cultura próximos da unidade educacional. O projeto envolveu visitas à bibliotecas, espaços culturais e parques próximos, com a participação da família e comunidade.
A quadra da escola é de quem quiser! (EMEI Afonso Sardinha): O projeto nasceu da escuta das crianças, que reclamavam do uso da quadra escolar quase que exclusivamente por meninos. Na produção de uma reportagem em vídeo, os alunos e alunos puderam conversar sobre desigualdade de gênero e envolver família e comunidade no projeto.