publicado dia 5 de agosto de 2015
Em Maceió, territórios vulneráveis são mapeados por estudantes
Reportagem: Clipping
publicado dia 5 de agosto de 2015
Reportagem: Clipping
Por Janaina Farias
Desde o dia 3 de julho, cerca de vinte alunos da Escola Municipal Padre Pinho, localizada no bairro de Cruz das Almas, em Maceió (Alagoas), saem da escola para mapear áreas de vulnerabilidade social na comunidade em que vivem. Usando um aplicativo para smartphones, uma pipa e uma câmera digital acoplada a uma garrafa pet, os adolescentes buscam locais com potencial de transformação.
Materiais
Comunidade e Território
+ Pesquisa-ação comunitária
+Trilhas Educativas
+ Como realizar um mapeamento dos potenciais educativos?
+ Material de Apoio para Mapeamento
+Família, Escola, Território Vulnerável
O mapeamento digital é uma iniciativa da Plataforma dos Centros Urbanos/Unicef que, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, realiza a experiência pela segunda vez no Brasil. O Rio de Janeiro foi a primeira cidade a receber a proposta.
Antes da prática, os alunos participam de oficinas que acontecem todas as sextas na escola, no período matutino (8h às 11h) e vespertino (14h à 17h). Participam do projeto duas turmas – uma do 7º ano e outra do 8º ano. Inicialmente, os alunos passam por oficinas de cunho teórico antes do prático para entender, por exemplo, o que é território e em seguida, identificam os principais pontos negativos do ambiente, tanto da escola quanto da comunidade para, então, fazer o registro.
Para Giovanna Chaves, responsável da Secretaria Municipal de Educação pelo projeto, o objetivo é mapear, perceber, desenhar e identificar o ambiente em que o aluno vive e as modificações que ele pode fazer nesse ambiente. “Quando nossos alunos soltam a pipa, ela vai fotografando o ambiente onde eles moram e esse registro é passado para o aplicativo, onde eles vão propondo mudanças. Então, primeiro eles fotografam o problema e depois, propõem soluções para ele”, salienta a monitora, acrescentando que a parte prática será realizada ainda em agosto.
Uma vez identificados os problemas, a ação pode mobilizar toda a comunidade, visando uma ação conjunta em busca de soluções para o território. “A ação conta com o envolvimento da comunidade e do líder comunitário para fazer parte desse projeto, que tem a intenção de melhoria total do ambiente de moradia”, diz Giovanna.
O primeiro mapeamento digital, realizado no Rio de Janeiro, partiu da comunidade e não da escola. “Nós somos a segunda capital no Brasil a fazer o mapeamento através da escola, vindo da escola, por isso, a necessidade de estudar o ambiente onde vivemos, a geografia e o bairro. Para isso, tivemos que trazer a comunidade para dentro da escola, porque vamos precisar fazer intervenções partindo da escola e não do contrário”, justifica.
O mapeamento digital na rede vai até 2016. Duas escolas municipais estão previstas para receber o projeto ainda este ano.