publicado dia 3 de março de 2015
Qual o código das cidades? Plataforma quer abrir e divulgar dados urbanos para fortalecer participação social
Reportagem: Pedro Nogueira
publicado dia 3 de março de 2015
Reportagem: Pedro Nogueira
Na era do Wikileaks, já ficou claro que o domínio de dados é uma questão de poder: grandes empresas de informática juntam informações de usuários para depois revendê-las, enquanto governos usam o que sabem para vigiar e controlar cidadãos. Mas há o outro lado da moeda: quando as pessoas, empoderadas pela informação, podem agir para cobrar o poder público e pensar soluções para suas vidas e cidades. Essa é uma das propostas da plataforma Código Urbano.
Como no caso das cidades sensíveis, nas quais os habitantes podem servir de sensores vivos do ambiente urbano, ou como foi feito em Glasgow (Inglaterra), onde a prefeitura abriu os dados da cidade e convidou os moradores a pensarem os dilemas urbanos, a frente de abertura de dados “Código Urbano” quer produzir tecnologias livres para o bem comum através de técnicas como o mapeamento ativo e a produção de matérias e conteúdos.
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“A ideia é criar ferramentas para ampliar a transparência de setores públicos e privados, além de inovações que possibilitem que as pessoas acompanhem e participem diretamente de decisões que afetam suas vidas”, afirma o jornalista Daniel Santini, um dos idealizadores da plataforma. “Transparência é algo essencial para a construção de uma democracia efetiva e para o fortalecimento da cidadania”, acredita Santini.
A primeira atividade do Código Urbano foi realizar uma mapatona das ciclovias de São Paulo, para oferecer um mapa detalhado da malha cicloviária da cidade e, de quebra, apresentar a tecnologia do mapeamento colaborativo, que pode ser reproduzida em outros municípios. O resultado pode ser conferido por aqui.
O grupo também tem mantido o site atualizado com notícias e uma lista aberta de discussão por e-mail sobre os diferentes temas abordados no Código Urbano.