publicado dia 7 de janeiro de 2015
Rosário (Argentina) receberá Congresso Internacional de Cidades Educadoras em 2016
Reportagem: Juliana Sada
publicado dia 7 de janeiro de 2015
Reportagem: Juliana Sada
do Centro de Referências em Educação Integral.
Após a sua 13ª edição acontecer em Barcelona, o próximo Congresso Internacional de Cidades Educadoras ocorrerá na cidade de Rosário, na Argentina, em 2016. Promovido pela Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE), o encontro reúne gestores e ativistas de todo o mundo para trocar experiências de políticas públicas que promovam territórios educadores e que garantam o direito à cidade de todos.
Ao sediar o Congresso, Rosário se torna a terceira cidade latino-americana a receber o encontro – que já ocorreu em São Paulo em 2008, e Guadalajara (México) em 2010. Capital do estado de Santa Fé, Rosário é tida como exemplo de cidade educadora na região. Há 20 anos, o município integra a AICE e hoje é referência pela transformação urbanística realizada, com a priorização de espaços públicos de convivência, de mecanismos de participação social e atividades lúdicas e educativas para diferentes faixas etárias.
O que é uma cidade educadora?
A concepção de cidade rducadora remete ao entendimento da cidade como território educativo. Nele, seus diferentes espaços, tempos e atores são compreendidos como agentes pedagógicos, que podem, ao assumirem uma intencionalidade educativa, garantir a perenidade do processo de formação dos indivíduos para além da escola, em diálogo com as diversas oportunidades de ensinar e aprender que a comunidade oferece.
Em sua última edição, em 2014, o Congresso da AICE retornou ao seu local de fundação: Barcelona. Ali, em 1990 aconteceu o primeiro encontro tendo a cidade espanhola como grande referência na temática. Em 2014, participaram 1.100 representantes de 188 municípios, vindos de 34 países. O Brasil esteve representado por cidades como Santo André e Sorocaba.
O grande tema do Congresso foi o papel da educação, compreendida como instrumento para a inclusão social, fundamental para garantir o desenvolvimento pessoal e coletivo. Tendo isto em vista, as escolas foram apontadas como centrais no documento final do encontro por serem “uma fonte de conhecimento e desenvolvimento de competências pessoais necessárias para a vida e um laboratório ativo de diversidade social e cultural que permite formar uma cidadania responsável, crítica e colaborativa”.
Na declaração, as cidades se comprometem a promover “programas e ações para aumentar o êxito escolar na formação obrigatória e o acesso à formação ao longo de toda a vida”, reconhecendo assim que a educação e o desenvolvimento integral não se reduzem a uma determinada idade nem a uma única instituição.
O documento destaca ainda a situação de crise que diversos países têm enfrentado e como ela afeta especialmente as populações dos centros urbanos, reforçando a exclusão social. “As dificuldades nos impelem a sermos inovadores e solidários, e a fazer uma chamada à participação dos cidadãos.”