publicado dia 7 de julho de 2014
Com regras alternativas, São Paulo sedia a III Copa do Mundo de Futebol de Rua
Reportagem: Clipping
publicado dia 7 de julho de 2014
Reportagem: Clipping
Da Agência Brasil
Nesta segunda-feira, (7/7), iniciou-se em São Paulo a terceira edição da Copa do Mundo do Futebol de Rua. A partida inicial, entre Chile e Serra Leoa, aconteceu em duas quadras armadas no Largo da Batata, na zona oeste da capital. Os participantes são mais de 300 jovens de 20 países.
Os embates, apesar de inspirados no mundial da Federação Internacional de Futebol (FIFA), seguem outra dinâmica. Antes da partida, os jogadores definem as regras. Após terminado, conversam entre si e definem a pontuação, a partir de critérios de solidariedade, participação e cooperação. Apesar do time chileno ter vencido por 4 a 0, a pontuação final não deu 3 pontos para o vencedor.
São Paulo também recebeu neste final de semana a quarta edição da Copa Rebelde dos Movimentos Sociais. O evento, realizado no terreno da antiga rodoviária da cidade, na Luz, questionou os legados da Copa do Mundo com uma competição protagonizada pelos mais diversos movimentos populares. Além do torneio, a Copa Rebelde teve arraial junino, debates e atividades para as crianças.
“Eles avaliaram que cada time conquistou os três pontos. Os chilenos apontaram que a seleção de Serra Leoa agiu com muita força em campo mas, depois de uma conversa, concordaram com a pontuação”, conta Bruna Borecki, mediadora do evento.
A metodologia do encontro é inspirado na prática esportiva e sociopedagógica do Fútbol Callejero, ou seja, futebol de rua. Idealizado pelo ex-jogador Fabian Ferraro, ele se utiliza do futebol como um mobilizador de processos comunitários de transformação e desenvolvimento de lideranças.
Eleílson Leite, coordenador do Comitê Organizador da Copa de Rua, explica que boa parte das equipes são formados por jovens oriundos de projetos de defesa de direitos humanos. “Usamos o futebol como ferramenta socioeducativa de integração, mediação de conflitos e formação de lideranças entre jovens. Há ingredientes que não existem no futebol competitivo, como a equiparação de gênero”.